Leonardo Ferreira
Servidores da educação municipal de Rio Largo vão realizar uma paralisação de 24 horas na próxima sexta-feira (28), em frente à Feira da Mulambeira, como forma de protesto e reivindicação ao cenário de desrespeito e desvalorização vivido nos últimos anos.
Os servidores cobram reajuste salarial, a recomposição dos vencimentos de 2024, bem como condições dignas de trabalho. O piso do magistério também não é cumprido. Todos estarão de preto e farão panfletagem para mostrar à população de Rio Largo o descaso estabelecido na educação municipal.
A decisão pela manifestação foi tomada de forma unânime em recente assembleia geral da categoria, que não descarta a deflagração de greve, conforme será discutido no ato do dia 28, já que a gestão do prefeito Gilberto Gonçalves (PP), o GG, se recusa a discutir tais pontos, ignorando a classe.
Além disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) cita as unidades escolares sucateadas, as constantes pressões e perseguições aos servidores, além do problema na folha de pagamento com o excesso de contratados, cenário que se intensifica em ano eleitoral.
Dos cerca de 3.200 profissionais da educação, mais de 50% já são comissionados e contratados, pois a prefeitura não promove concurso público há alguns anos. Isso já virou tema de atenção do Ministério Público Estadual (MPE), que cobra a realização de certames para educação e saúde.
“Nossa data-base é para janeiro, mas este ano nem o reajuste de 3,62% nos foi dado. O prefeito sequer aceita receber o sindicato para negociar, fora as perseguições diárias. As escolas municipais também possuem estrutura precária”, resumiu Alyne Vieira, secretária de Assuntos Educacionais do Sinteal.
A Folha de Alagoas está aberta a possível posicionamento da gestão municipal.
