Redação
A Polícia Civil continua investigando a morte do bebê Heitor da Silva Santos, de apenas 21 dias, em Chã Preta, interior de Alagoas. No fim de semana, a autópsia do corpo apontou indícios de asfixia mecânica por sufocação.
No entanto, o perito médico legista João Paulo, responsável pelo exame, destacou que ainda não foi possível determinar se a sufocação ocorreu de forma direta ou indireta.
Ele explicou que a sufocação direta acontece quando as vias aéreas são obstruídas por algum obstáculo, e a indireta, quando há compressão do tórax que impede sua expansão, como pode ocorrer em casos acidentais, por exemplo, quando um adulto dorme sobre a criança.
“Importante destacar que, durante o exame, não foram encontrados sinais de espancamento. Não houve a presença de equimoses ou fraturas, que poderiam indicar violência física.” Explicou o perito médico legista.
Para aprofundar a investigação e obter mais informações, foram coletadas amostras de sangue, humor vítreo e conteúdo do estômago do recém-nascido.
Esses materiais biológicos serão encaminhados para o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística para a realização de exames complementares que ajudarão a esclarecer as circunstâncias da morte.
Esta semana, a Polícia começará a ouvir parentes e vizinhos da residência onde o recém-nascido morava com a mãe, a fim de avançar no inquérito. A questão é descobrir se a morte foi uma fatalidade ou um crime.