O desembargador Márcio Roberto Tenório, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), ouviu, nesta quinta-feira (25), representantes do Município de Maceió e de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias sobre a greve deflagrada em outubro de 2022.
Sem um acordo entre as partes, o relator do processo explicou que, até a próxima semana, deve decidir se a greve poderá continuar ou não, assim como se reconhece ou não os direitos buscados pelos trabalhadores.
“O objetivo dessa audiência era exatamente de ouvir as partes envolvidas, ou seja, o município de Maceió e também os sindicatos que representam essa área da saúde. Eu fiquei muito satisfeito, todos defenderam os seus direitos de forma ordeira e pacífica”, disse o relator.
O desembargador Márcio Roberto lembrou que a situação não afeta apenas os servidores e o Município de Maceió, mas também toda a população que vive na capital. Ele destacou que a prestação jurisdicional deve produzir resultados que beneficiem a sociedade.
“O município não trouxe uma proposta concreta sobre a solução pedida pelos sindicatos e os servidores, pelo seu lado, não abriram mão daquilo que estavam pretendendo. Então, diante desse impasse, obviamente, nós temos que prestar a jurisdição”, explicou.
A principal reivindicação dos servidores é que a Prefeitura de Maceió implante o piso salarial nacional. Já o Município alega que a categoria não estaria respeitando o percentual mínimo de 30% trabalhando durante a greve, além do aumento dos casos de dengue e meningite, por exemplo.
/Ascom TJ-AL