O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, disse nesta sexta-feira (2) que os Estados Unidos estão à frente de uma tentativa de “golpe de Estado” contra o país sul-americano, em meio a uma disputa sobre os resultados da eleição presidencial de domingo (28).
Na quinta-feira (1°), os EUA reconheceram o candidato da oposição, Edmundo González, como o vencedor da eleição presidencial da Venezuela, rejeitando a proclamação de vitória de Nicolás Maduro.
Yvan Gil, afirmou em um comunicado que trata-se de uma “manobra perversa” que, em sua opinião, gera uma narrativa falsa e provoca violência nas ruas. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Edmundo González obteve o maior número de votos na eleição presidencial.
“Dadas as evidências esmagadoras, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano que Edmundo González Urrutia obteve o maior número de votos nas eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela.”, afirmou Blinken em um documento do Departamento de Estado dos EUA.
51,9%
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela reafirmou nesta sexta-feira (2), que Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais com 51,9% dos votos. Segundo a autoridade eleitoral, quase 97% das urnas já foram computadas e o líder chavista obteve 6,4 milhões de votos.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (2) após a oposição acusar o governo de Maduro de fraude. O Conselho Nacional disse que o candidato opositor Edmundo González obteve 43,18%.
A comunidade internacional exige que a administração chavista divulgue as atas de cada sessão eleitoral. Maduro já foi proclamado presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral e segue rumo ao terceiro mandato de sua carreira.
/CNN