Leonardo Ferreira
Alagoas contabiliza 259 candidatos a prefeito entre os 102 municípios na eleição de 2024. Desse total, 36 possuem patrimônio superior a R$ 1 milhão, conforme levantou esta reportagem. No entanto, o mais rico postulante está na pequena cidade de Belém, que tem apenas 4.722 habitantes e fica no Agreste.
Trata-se do pecuarista Beto Torres, candidato a prefeito pelo PP. À Justiça Eleitoral, ele declarou um patrimônio de R$ 15.253.886,51, entre diversas casas, terrenos, veículos e investimentos, nas cidades de Atalaia, Barra de São Miguel, Boca da Mata, Maceió, Marechal Deodoro e Pilar.
Nas últimas duas eleições, ele era o vice-prefeito de Paula Santa Rosa, do MDB, e agora foi o escolhido para sucedê-la. Embora, em termos estaduais, o PP, do deputado Arthur Lira, e o MDB, do senador Renan Calheiros, estejam em lados opostos, há aliança em alguns locais, como Belém.
Depois de Beto Torres, o segundo mais rico na disputa a prefeituras em Alagoas é Teófilo Pereira, também do PP, atual prefeito e candidato à reeleição em Craíbas, igualmente no Agreste. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele listou R$ 5.873.954,32 em patrimônio.
Fechando o pódio, está Manoel Tenório, do PSDB, com fortuna declarada em R$ 5.212.000,00. O agropecuarista é candidato a prefeito de Quebrangulo, onde já foi o chefe do Executivo em duas oportunidades anteriores.
Saindo da casa dos R$ 5 milhões, há um na faixa anterior: o prefeito e postulante à reeleição em Jequiá da Praia, Felipe Jatobá, do PP, cujo patrimônio é de R$ 4.383.615,74. O administrador tem como principal bem uma residência no famoso condomínio Laguna, em Marechal Deodoro.
Por fim, no âmbito dos R$ 3 milhões, existem cinco na lista, sendo três atuais prefeitos: o de Limoeiro de Anadia, Marlan Ferreira, do PP, com R$ 3.932.263,83; o de Penedo, Ronaldo Lopes, do MDB, com R$ 3.602.128,38; e o de Paripueira, Abrahão Moura, do MDB, com R$ 3.417.861,97.