Redação
O Instituto DataSenado divulgou, nesta semana, resultados da 21ª edição da pesquisa Panorama Político com informações sobre como as fake news e a polarização política podem impactar as eleições no Brasil. Em Alagoas, 64% afirmaram receber alguma notícia supostamente falsa em 2024.
No todo, os dados mostram que 72% dos usuários de redes sociais no Brasil – o que equivale a 67% da população com 16 anos ou mais – já viram notícias que desconfiam serem falsas nos últimos seis meses. Esse número revela o alcance da crescente desinformação às vésperas das eleições municipais.
Quando perguntados sobre qual seria o motivo para a disseminação das chamadas fake news, 31% acham que quem compartilha esse tipo de notícia quer mudar a opinião dos outros. Já outros 30%, acreditam que as notícias falsas são compartilhadas por desconhecimento sobre sua veracidade.
Além disso, a pesquisa destaca outra preocupação: 81% dos entrevistados acreditam que a disseminação de notícias falsas pode impactar “muito” os resultados das eleições. O tema foi comentado pelo deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT), em sessão na Assembleia Legislativa.
“De acordo com a pesquisa do Senado Federal, 94% dos alagoanos usam redes sociais. Essa é a mesma média nacional. Nos últimos seis meses, 64% dos alagoanos receberam alguma notícia que julgam ser falsa. Isso é algo alarmante!”, avalia o petista.
Ronaldo Medeiros é favorável à aprovação de uma lei que combata a veiculação de notícias falsas no Brasil, pois no entendimento do parlamentar quanto maior a agressividade da fake news, maior sua distribuição pelas empresas detentoras das redes sociais.
“Elas (empresas) querem audiência e acessos em suas redes, mesmo que o conteúdo divulgado seja falso. E 82% dos alagoanos acham que as plataformas devem ser responsabilizadas pelo conteúdo falso”, informou Medeiros.
O estudo também investigou o tema polarização política no país. Embora a polarização seja uma realidade, com 29% dos brasileiros se identificando como de direita e 15% como de esquerda, a pesquisa revela que 40% da população não se alinha a nenhuma das principais correntes políticas enquanto 11% se declaram de centro.
/com Agências