Redação
Os três deputados alagoanos que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados votaram contra o recurso de Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
Chiquinho tentava se livrar da ida à votação ao Plenário, que vai decidir sobre a cassação de seu mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro. Por 57 votos a dois, seu recurso foi negado.
Entre os votos, estão três alagoanos: Alfredo Gaspar (União), Delegado Fábio Costa (PP) e Rafael Brito (MDB), com todos indo pelo prosseguimento do processo de cassação do deputado. No plenário, eles devem repetir o voto.
“Minha consciência não permite favorecer autor de crime, seja deputado ou não. Fiz isso no pedido de prisão e agora na rejeição do recurso”, diz Alfredo Gaspar sobre a análise da situação de Brazão.
“Crimes hediondos não podem ser protegidos pela imunidade parlamentar. Votei a favor da rejeição (improcedência) do recurso que impedia a cassação do mandato de Chiquinho Brazão, acompanhando o parecer do relator”, disse Alfredo Gaspar.
No recurso apresentado à CCJ, a defesa de Brazão, que nega participação no homicídio de Marielle e Anderson, alegou parcialidade da relatora no Conselho de Ética, deputada Jack Rocha (PT-ES), além de violação ao contraditório e à ampla defesa.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ), titular do Conselho de Ética, rebateu as alegações de cerceamento de defesa, afirmando que sete testemunhas da defesa foram ouvidas, e não três, como alegado.