Redação
O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) expressou indignação e cobrou investigação célere, rigorosa e imparcial do incêndio com viés criminoso na casa do coordenador-geral do movimento, Cássio Araújo, no Pinheiro, registrado nesta terça-feira (8).
“Felizmente, não havia ninguém no imóvel e não houve feridos, mas o ataque destruiu parte significativa da casa, incluindo uma coleção de cerca de 20 mil livros, patrimônio pessoal e cultural de valor incalculável”, afirma a associação.
Cássio Araújo é procurador do Ministério Público do Trabalho e ficou sabendo do incêndio através de um vizinho: “Eram quase 2h da madrugada, dizendo que minha casa estava em chamas, pegando fogo. Aí, vim aqui e constatei, realmente, que alguém provocou esse incêndio criminoso.”
De acordo com o proprietário, o criminoso tentou entrar pela garagem, mas como a porta foi reforçada recentemente, não conseguiu. “Ele subiu pelo telhado, abriu o alçapão e entrou na casa. Foi encontrado, inclusive, uma garrafa de álcool. Ele deve ter jogado álcool e colocado fogo antes de ir embora”.
Com isso, o MUVB emitiu nota para expressar solidariedade ao coordenador e reforçar o compromisso de seguir firme na luta por reparação plena para todas as vítimas. “Cássio Araújo tem sido um incansável defensor das vítimas do megadesastre causado pela Braskem”.
“Cássio foi forçado pela Braskem a desocupar seu lar, sob o pretexto de riscos à segurança. A empresa, que forçou a retirada e manter a responsabilidade pela segurança das residências desocupadas, não ofereceu proteção contra as invasões e furtos constantes no imóvel do coordenador”, diz a nota.
“O MUVB repudia veementemente as ações covardes que buscam silenciar quem se levanta em defesa das vítimas. Não aceitamos que o coordenador-geral, cuja única ‘ofensa’ foi dar voz aos milhares de atingidos pela irresponsabilidade da Braskem, seja submetido a ameaças tão descaradas”, emenda.