Alagoas registrou 112 transplantes de órgãos no período de janeiro a setembro deste ano, contra 77 no mesmo período do ano anterior. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (10) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mostram um crescimento de 45,45%.
Entre os 112 transplantados este ano está o alagoano José Amorim Barbosa, de 43 anos, primeiro paciente submetido a um transplante renal no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió.
Ele passou pelo procedimento no dia 13 de setembro, depois que o hospital, que é vinculado à Sesau, foi habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) para realizar o procedimento.
O transplante de José Amorim não teve intercorrências, demonstrando a eficiência e a capacidade técnica do Hospital do Coração Alagoano em realizar cirurgias de alta complexidade.
“Estou muito feliz e grato por ter essa oportunidade de viver novamente. A equipe foi incrível, e me sinto preparado para essa nova fase da minha vida”, afirmou, emocionado, José Amorim, ao deixar a unidade hospitalar no dia 24 de setembro deste ano.
Conforme dados atualizados da Central de Transplantes de Alagoas, atualmente há 526 pessoas na lista de espera por um órgão. Destes, 509 pessoas aguardam por um transplante de córnea, 15 por um rim, uma aguarda por um fígado e um espera por um transplante de coração.
Avaliação
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a doação de órgãos reflete a vitória da esperança, e o aumento de quase 50% no número de transplantes realizados em Alagoas este ano comprova que o tema é uma prioridade para o Governo de Alagoas.
“As famílias que autorizam a doação de órgãos estão escolhendo a vida e assegurando que outras pessoas possam ter suas esperanças renovadas, com uma nova chance para as suas vidas. Da nossa parte, não temos medido esforços para garantir os procedimentos”, reforçou o gestor.
Para a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, a ampliação no número de transplantes no estado marca um esforço da gestão estadual de Saúde para conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos.
“A conscientização ajuda a reduzir mitos e medos em torno desse gesto, e o papel dos familiares nesse contexto é essencial, pois só eles podem autorizar a doação. Desse modo, a pessoa que tiver o desejo de doar, deve comunicar à família”, explicou.
/Agência Alagoas