Romison Florentino
Colaboradores das unidades hospitalares da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) foram às ruas em protesto contra a dispensa de 390 prestadores de serviços na tarde desta sexta-feira (1). A mobilização ocorreu em frente à Maternidade Santa Mônica, na Avenida Comendador Leão, no bairro do Poço, em Maceió.
A universidade lida diretamente com três instituições hospitalares: o Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), a Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) e o Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR). De acordo com o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), a dispensa inviabiliza o atendimento, já que o Hélvio Auto sofrerá uma redução nos leitos de 60 para 38 e o Santa Mônica terá uma redução de 50% na UTI. O portugal Ramalho por sua vez pode ter o atendimento totalmente inviabilizado devido às demissões e a não subtração dos vencimentos.
“O Executivo precisa ter competência para arrecadar o suficiente para garantir aos alagoanos o direito à assistência médica, sobretudo a emergencial. O cidadão enfrenta uma dificuldade antiga de acesso à saúde, e não pode ser ainda mais penalizado porque o gestor gasta mal os recursos”, criticou a presidente da Sinmed, Sílvia Melo.
O protesto foi marcado com faixas em tom de denúncia e esclarecimentos à população sobre a medida realizada pelo governo do estado. Os diretores do Sinmed conseguiram angariar uma audiência com o secretário de saúde, Gustavo Pontes de Miranda, e também foram até o Ministério Público (MP-AL) solicitar que a instituição interceda na situação.
Procurada pela reportagem, a Uncisal afirmou que a reitoria da instituição está em contato com a Secretaria de Saúde (SESAU), para discutir as questões referentes ao repasse financeiro para a universidade, mas afirmou que até o momento não teria ocorrido cortes, negando as declarações dos colaboradores e do sindicato da categoria.
A Folha de Alagoas também entrou em contato com a SESAU mas não obteve retorno até a publicação da matéria.