As explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes na quarta-feira (13) não são um fato isolado, mas sim, resultado de um extremismo que nasceu – e cresceu – aqui no Brasil, e que começou lá atrás, com o chamado gabinete do ódio. A avaliação é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“O que ocorreu não é um fato isolado do contexto. É um contexto que se iniciou lá atrás, quando o gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente, contra a autonomia do Judiciário. Isso foi se avolumando, foi se avolumando sob o falso manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão. Isso resultou no 8 de janeiro.”
Em evento do Conselho Nacional do Ministério Público, Moraes defendeu a pacificação no país, mas acrescentou: essa pacificação não vai ocorrer com a anistia dos criminosos. Alexandre de Moraes ainda considerou o ato desta semana o mais grave contra o STF depois do 8 de janeiro e pediu união na defesa da democracia.
“O criminoso anistiado é um criminoso impune e a impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem, que as pessoas acham que podem vir até Brasília tentar entrar no Supremo Tribunal Federal para explodir o Supremo Tribunal Federal, porque foram instigadas por muitas pessoas, lamentavelmente várias, com altos cargos da República.”
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