Nesta quarta-feira (20), é celebrado o Dia da Consciência Negra. Pela primeira vez, a data será um feriado nacional, dando maior destaque à luta de Zumbi dos Palmares contra a escravidão. Apesar dos 137 anos desde a abolição, dados da organização Walk Free revelam que cerca de 1,05 milhão de pessoas ainda vivem em condições análogas à escravidão no país. O perfil das vítimas expõe o racismo estrutural: homens negros, de baixa escolaridade, que ainda hoje são submetidas a trabalhos forçados, jornadas exaustivas e a condições degradantes de trabalho.
O recorte racial também se aplica nas demais relações de trabalho no Brasil. Pessoas negras e pardas seguem como maioria nos postos mais precarizados, são as principais vítimas do trabalho infantil e figuram entre os maiores índices de desemprego. Mesmo ocupando funções semelhantes, ainda recebem salários inferiores aos de pessoas brancas.
Para aprofundar o debate sobre essas desigualdades e os impactos da reforma trabalhista e do crescimento das plataformas digitais de trabalho, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (SINAIT) realiza, até quarta-feira, 20, o 40º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho, em Maceió — cidade que carrega um forte simbolismo na luta contra a escravidão.
Destaques da programação:
19/11- Lançamento do Dossiê Trabalho Escravo e Migração Internacional, 15h
20/11 – Caminhada contra o trabalho escravo, às 7h30 da manhã
O evento busca trazer luz às condições de trabalho que perpetuam desigualdades raciais e sociais no Brasil e reforçar a importância da fiscalização para garantir direitos e combater violações.
Serviço:
40º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho, promovido pelo SINAIT
De 18 a 20 de novembro, em Maceió, AL
/Assessoria