Redação
O Policial Federal Wladimir Matos Soares foi preso nesta terça-feira (19) suspeito de repassar informações sensíveis sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aliados de Jair Bolsonaro (PL) durante a transição de governo.
Ainda de acordo com a Polícia Federal (PF), Wladimir enviou dados pessoais de agentes de proteção de Lula e declarou estar à disposição para atuar em um golpe de Estado.
A investigação teve acesso a mensagens que mostram que o policial mantinha contato com Sérgio Rocha Cordeiro, ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro que é investigado por planejar o golpe.
Em uma das mensagens, Wladimir afirmou estar preparado para agir assim que Bolsonaro desse a ordem: “Eu e minha equipe estamos com todo equipamento pronto. Basta a canetada sair!”, afirmou.
O relatório da PF indica que Wladimir usava sua posição na equipe de segurança de Lula para repassar informações de cunho estratégico, como movimentações de agentes e reforços táticos. Após atos de vandalismo em Brasília, ele relatou detalhes sobre a hospedagem de equipes de segurança em hotéis próximos ao presidente eleito.
A investigação aponta que o policial não somente foi adepto ao plano golpista, como colaborou com uma organização criminosa que planejava o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo a PF, as provas mostram que Wladimir “atuou em unidade de desígnios” com o grupo golpista, fornecendo informações para subsidiar as ações planejadas. A prisão do policial evidencia as ameaças enfrentadas durante a transição e reforça o compromisso das autoridades em investigar agentes infiltrados em instituições de segurança.