Mais uma captação de órgãos foi realizada na maior unidade de Urgência e Emergência de Alagoas. Dessa vez, uma mulher de 52 anos, diagnosticada com morte encefálica no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, teve seus dois rins doados pela família na quarta-feira (27), o que ajudará outras duas pessoas a viverem com melhor qualidade de vida, longe dos efeitos colaterais da diálise.
Os órgãos doados foram transportados com segurança para pacientes que necessitam do transplante, conforme lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O diálogo sobre o tema e se declarar um doador de órgãos ajuda a diminuir o tempo de espera pelo transplante.
A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil, mas é justamente nesse momento de perda que o sofrimento pode ser ressignificado em solidariedade.
Segundo o último estudo realizado pela Central de Transplantes de Alagoas, 490 alagoanos aguardam por um transplante, sendo 482 por córneas, sete por um rim e um por um fígado.
No Brasil, conforme o Ministério da Saúde (MS), mais de 45 mil pessoas esperam pela doação, sendo, entre os homens, o rim o órgão mais procurado em São Paulo (SP). O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público do mundo.
“Os casos suspeitos de morte encefálica são sinalizados pelos profissionais que estão nos hospitais para a nossa equipe. A partir daí, iniciamos um protocolo que visa confirmar essa condição, cujos critérios são rígidos, sendo necessários dois exames clínicos com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes”, explicou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.
/Ascom Sesau