Redação
O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) recorreu, nesta quinta-feira (5), da decisão judicial que da 17ª Vara Criminal da Capital que concedeu liberdade provisória a Igor Campioni, conhecido como ‘Pai do Orgânico’, sócio do influenciador Kel Ferreti.
Ambos os influenciadores foram presos na operação Trapaça, na última quarta-feira (4). No entanto, após audiência de custódia Igor foi solto, enquanto Ferreti teve a prisão preventiva mantida e seguiu para o presídio Baldomero Cavalcanti.
De acordo com as investigações, os dois fazem parte de uma organização criminosa envolvida em crime de lavagem de dinheiro envolvendo jogos de azar on-line. Segundo o Gaesf, Kel Ferreti é o suposto líder da organização criminosa desse esquema milionário.
No recurso, o órgão requer que os magistrados reconsiderem a decisão que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares por entender que a liberdade do investigado coloca em risco a apuração que ainda está em curso.
“Em caso de não reconsideração da decisão proferida na quarta-feira (04), o Gaesf recorrerá à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça”, diz trecho da nota emitida pelo grupo.
Operação Trapaça
Na quarta-feira (4), o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) deflagrou a operação Trapaça, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa (Orcrim) atuante em desfavor da economia popular e em crime de lavagem de dinheiro, envolvendo jogos de azar on-line.
O foco da investigação é o “Fortune Tiger”, mais conhecido como jogo do tigrinho, uma espécie cassino virtual que promete, de forma fraudulenta e/ou ilusória, supostamente, ganhos fáceis e elevados, a partir de sua promoção, numa verdadeira campanha de divulgação, envolvendo influenciadores digitais. ´É importante destacar que, recentemente, operações do Ministério Público e policiais em todo o Brasil já apreenderam milhões de reais em bens de influenciadores envolvidos em esquemas similares.
Confira a nota do MPAL na íntegra:
“Nota do Ministério Público
O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) interpôs recurso nesta quinta-feira (5) contra a decisão judicial da 17ª Vara Criminal da Capital, que, após audiência de custódia, concedeu liberdade a Igor Campioni, que havia sido preso durante a Operação Trapaça, no último dia 4.
No recurso, o GAESF requer que os magistrados reconsiderem a decisão que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, por entender que a liberdade do investigado coloca em risco a apuração que ainda está em curso.
Em caso de não reconsideração da decisão proferida na quarta-feira (4), o GAESF recorrerá à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas.”