Redação
No remanejamento de emendas parlamentares assinado por líderes partidários, situação denominada como manobra de Arthur Lira (PP), as gestões estadual e municipais de Alagoas levariam cerca de R$ 73,7 milhões do total de R$ 4,1 bilhões.
Vale citar que, assim que o caso veio à tona, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pelo bloqueio dos valores, e pediu que a Polícia Federal (PF) investigue o trâmite estranho dessas emendas na Câmara Federal.
No entanto, o Governo Federal já havia cedido à manobra de Lira e liberado R$ 728 milhões antes mesmo da suspensão por Dino, driblando a decisão do Supremo e escondendo os ‘padrinhos’ das emendas, como na época do orçamento secreto.
Na média, Alagoas seria o estado mais beneficiado com a manobra de Lira, enquanto outros nove estados brasileiros não receberiam um real sequer. Dois municípios alagoanos encabeçam a lista de cidades mais beneficiadas pela indicação coletiva.
A campeã é Palmeira dos Índios, município do Agreste, de 73 mil habitantes e a 136 km distante de Maceió, que receberia R$ 12 milhões. Em seguida, há uma emenda de R$ 10,9 milhões para a Secretaria Estadual de Saúde e para a cidade de Pilar.
Além disso, Coruripe (R$ 8 milhões) e Arapiraca (R$ 7 milhões) também aparecem na lista. Nas duas cidades, o presidente da Câmara é aliado dos prefeitos: Marcelo Beltrão (PP), em Coruripe; e Luciano Barbosa (MDB), em Arapiraca.
As informações constam em ofício enviado por líderes aos ministros Rui Costa e Alexandre Padilha na última quinta-feira (12). O ofício com a indicação coletiva foi revelado pela Revista Piauí, que conseguiu acesso e apurou o caso.















