Isadora Noia*
Profissionais da educação da rede municipal de Maceió realizam uma paralisação das atividades nesta quarta-feira (19). A decisão foi tomada em assembleia pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) no dia 10 de fevereiro.
As principais reivindicações incluem a retomada de direitos como biênios, progressões e licenças-prêmio, além da reformulação da tabela salarial dos funcionários, cujos vencimentos iniciais estão abaixo do salário mínimo vigente.
Durante a assembleia, o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, informou que o município planeja lançar um edital para convocar trabalhadores para uma câmara de negociação dos processos relacionados aos biênios e progressões. O sindicato se comprometeu a orientar seus filiados durante esse processo.
Além disso, com as negociações salariais específicas da educação em andamento, a gestão municipal garantiu apresentar uma proposta de reajuste até a última quinta-feira (13). Entretanto, até o momento, nenhuma proposta foi oficializada.
Diante da ausência de uma proposta concreta e dos problemas com o transporte escolar, a categoria optou pela paralisação das atividades, seguida de uma nova assembleia para definir os próximos passos da mobilização.
Além disso, a classe enfrenta desafios relacionados ao transporte dos alunos. O ano letivo iniciou em 10 de fevereiro, porém, até o momento, algumas crianças não estão frequentando os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) devido à ausência do transporte escolar.
Uma professora, que preferiu não se identificar, relatou que a direção das unidades foi informada apenas nesta semana sobre a situação dos ônibus escolares.
Inicialmente, foi comunicado que o serviço seria regularizado na terça-feira (18). No entanto, na noite de segunda-feira (17), por volta das 20h30, as diretoras receberam um comunicado urgente para avisar aos pais que o contrato com a empresa dos transportes havia expirado e que seria necessário aguardar os trâmites de regularização e licitação.
“As crianças continuam sem frequentar o CMEI por falta de ônibus”, destacou a docente.
O Sinteal destaca que, embora o município tenha registrado um crescimento de 13,60% nos fundos do FUNDEB, essa melhoria não se refletiu nas condições de trabalho nem na valorização dos profissionais da educação.
/Estagiária sob supervisão