Redação
A revisão do Plano Diretor de Maceió, desatualizado desde 2005, enfrenta atrasos significativos e permanece inconclusa até o início da segunda gestão do prefeito João Henrique Caldas (JHC).
Prevista para atualização há uma década, a cidade segue sem diretrizes atualizadas para seu desenvolvimento urbano. A revisão do Plano Diretor, que deveria ter acontecido em 2015, estava paralisada desde 2018, após o crime ambiental da Braskem e, posteriormente, com a pandemia.
Em 2016, as discussões sobre a revisão foram retomadas e estenderam-se até 2018, porém sem a elaboração de uma redação final. Nesse período, Maceió passou por transformações urbanas significativas, incluindo a expansão para a parte alta da cidade e os impactos decorrentes da mineração nos bairros de Bebedouro, Mutange, Pinheiro e Bom Parto. Essas mudanças reforçaram a urgência de um Plano Diretor atualizado para orientar o uso e a ocupação do solo de forma sustentável.
A ausência de uma revisão atualizada do Plano Diretor também tem sido apontada como um entrave para definir o futuro das áreas afetadas por desastres ambientais como o causado pela Braskem.
Após recomendação do Ministério Público de Alagoas (MPAL) que fixou um prazo de 10 dias, a partir de 20 de fevereiro, para que a Prefeitura de Maceió se manifestasse sobre a questão, a gestão municipal declarou que a proposta do novo Plano Diretor será encaminhada à Câmara Municipal ainda neste semestre.
De acordo com a Prefeitura, “a expectativa é que a matéria seja encaminhada ainda no primeiro semestre, seguindo o cronograma estabelecido pela gestão do prefeito JHC, que contempla a conclusão dos trâmites administrativos e as adequações jurídicas necessárias para garantir que o texto final esteja completamente alinhado às diretrizes legais e às demandas da sociedade.”
A lentidão do processo traz à tona o debate sobre a eficiência administrativa e o comprometimento com o desenvolvimento ordenado da capital alagoana, uma vez que a conclusão e implementação efetiva do Plano Diretor são essenciais para garantir um crescimento urbano sustentável e a melhoria da qualidade de vida dos maceioenses.