Redação
O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), não encaminhou cinco representações diferentes contra a deputada Carla Zambelli (PL), apresentadas no fim de 2022, depois que ela perseguiu, de arma em punho pelas ruas de São Paulo, o jornalista Luan Araújo.
No caso, como presidente da Câmara na época, Lira tinha a prerrogativa de apreciar as representações contra deputados antes de encaminhá-las ao Conselho de Ética, mas deixou tudo dentro da gaveta, sem dar prosseguimento.
A informação é do jornal O Fator, que confirmou o número com a assessoria da Câmara dos Deputados. Foram três representações assinadas por partidos pelo episódio: uma do PSOL, uma do PT, e uma terceira assinada por ambos PT e Rede.
Apesar disso, nenhuma delas chegou à pauta do Conselho de Ética, como consta no site oficial da Câmara. Em outras datas, o conselho chegou a discutir e arquivar outras representações contra a deputada, redigidas por outros motivos.
Na terça-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar Zambelli pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Apesar da maioria para a condenação, o PL espera que o plenário do STF analise a perda do mandato apenas em 2026.
O Fator disse que entrou em contato com dois ex-assessores de imprensa de Lira, que informaram não trabalhar mais para o deputado. Também enviamos um e-mail e telefonamos para o gabinete de Lira, mas ninguém atendeu. O deputado acompanhou a viagem de Lula ao Japão.