Vinícius Calheiros*
O defensor público Ricardo Melro realizou uma inspeção no prédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) localizado na Cambona, nesta quinta-feira (10), no qual denuncia o trágico reflexo causado pelo afundamento do solo pela Braskem em Maceió.
A vistoria foi realizada próximo à área 00 – local conhecido como a borda do marco do colapso. Por meio das redes sociais, Ricardo flagrou danos estruturais na unidade como rachaduras profundas, trincas em diversos pontos e desnível entre a parede e o chão, resultado do afundamento do solo, no qual, era possível passar uma régua por baixo.
Durante a análise, houve relatos de servidores apavorados que temem trabalhar em um local com risco de colapsar, o que levou a diversos pedidos de transferência.
Também revelaram, de forma anônima ao promotor, que reformas são frequentemente realizadas para maquiar a grave situação no prédio, evidenciando o descaso e abandono da gestão de JHC com a unidade e os membros que a compõem.
Além da Prefeitura de Maceió, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) também foi alvo de críticas de Melro “se recusa a trabalhar em Maceió, a cidade atingida pela pior tragédia minerária em área urbana do mundo”. No texto, o defensor afirma ter acionado a Justiça para que haja maior efetividade no empenho do órgão em Alagoas.
“Se a realidade insiste em gritar por socorro, não são os gritos que devem ser calados – são os relatórios que precisam ser questionados.” finalizou Ricardo Melro na publicação.
/Estagiário sob supervisão