Redação
Membros de movimentos sociais do campo interditaram trechos de rodovias em Alagoas, nesta segunda-feira (14), cobrando o cumprimento do acordo de 2016 para destinação de terras nas áreas do Grupo João Lyra, como da Usina Laginha e parte da Guaxuma, visando à reforma agrária.
Trechos da BR-104, em União dos Palmares, e da BR-101, em Teotônio Vilela, amanheceram bloqueados em ação unificada dos movimentos de luta pela terra do estado. Eles realizaram a manifestação em cobrança pelo não cumprimento do acordo junto ao Governo do Estado para destinação das áreas.
Participaram camponeses acampados nas terras que antes pertenciam à massa falida do Grupo João Lyra. De acordo com a direção das organizações, a ação pretende chamar a atenção do Governo de Alagoas para que as negociações em torno das terras da massa falida possam avançar.
“Temos um acordo firmado desde 2016 que sinalizava a destinação de parte das terras que antes pertenciam à Usina Guaxuma e à área da antiga Usina Laginha para fins de Reforma Agrária Popular, mas até hoje não temos avanços significativos nesse tema”, destaca a coordenação do ato.
“Essa é mais uma demonstração de que, em unidade, as organizações que lutam pela Reforma Agrária Popular em Alagoas seguirão firmes e em pressão para que, de fato, a gente garanta o assentamento das famílias que hoje vivem acampadas na região que antes era dominada pela Usina”, completa.
Os bloqueios foram organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento Via do Trabalho (MVT), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Movimento Terra Livre (TL).
