Redação
No feriado do Dia do Trabalhador nessa quinta-feira (1º), participantes de movimentos sociais saíram às ruas da capital alagoana para reivindicar mais direitos à classe. Uma das principais pautas levantadas foi o pedido pelo fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho para apenas um de descanso).
Além disso, os manifestantes cobraram que a redução da carga horária não pode impactar nos salários, bem como defenderam a proposta de isenção no Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Outro ponto destacado foi a taxação de ‘super-ricos’.
“Quem sustenta o Brasil é a classe trabalhadora”. “Taxa os super-ricos é fazer justiça social”. “Contra a mercantilização e privatização da educação pública”. Essas foram algumas bandeiras levantadas no ato ocorrido na orla de Maceió.
“Seguimos em frente na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pela taxação dos super ricos, a favor da democracia e de um jornalismo justo e sem fake news”, publicou a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Escala 6×1
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a distribuição de dias trabalhados na semana para acabar com a escala 6×1 — seis dias de trabalho e um de folga — ainda não tem previsão de avançar no Congresso. Não há ainda definição de quem será o relator da proposta, que poderá manter ou alterar o texto atual.
No discurso em homenagem ao Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a mencionar o tema e disse que vai se empenhar para que o assunto seja discutido na sociedade.
“Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1. Está na hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, declarou o presidente.
Para ser aprovada, uma PEC precisa reunir os votos de pelo menos 308 deputados em dois turnos e 49 senadores também em dois turnos, além de passar por votações em comissões. Ela foi protocolada em fevereiro e ainda não foi remetida para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e nem de nenhum outro colegiado, ou seja, não teve sua tramitação iniciada.