O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou prender nesta sexta-feira (23) o ex-ministro e ex-deputado federal por São Paulo, o alagoano Aldo Rebelo, durante a audiência na qual a Corte ouve testemunhas de defesa dos réus do núcleo 1 da trama golpista.
Rebelo foi indicado como testemunha do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Durante a oitiva, Moraes, que preside a audiência, afirmou que o deputado deveria responder objetivamente aos questionamentos.
Em determinado momento da audiência, que foi realizada por videoconferência, Aldo Rebelo disse que não admitia censura e foi repreendido pelo ministro. “Se o senhor não se comportar, será preso por desacato”, disse Moraes.
Em seguida, os ânimos se acalmaram e o depoimento seguiu normalmente. Aldo Rebelo é natural de Viçosa, no interior de Alagoas, mas construiu carreira em São Paulo, por onde se elegeu deputado federal em cinco oportunidades, de 1991 a 2015, pelo PCdoB.
O episódio ocorreu após Aldo tentar interpretar a suposta fala de Garnier em uma reunião golpista realizada por Bolsonaro, em 2022, para apresentar estudos para a decretação de medidas de exceção aos comandantes das Forças Armadas.
Conforme a investigação, Garnier teria colocado a Força à disposição de Bolsonaro no caso da decretação de um estado de sítio ou de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no final de 2022.
Aldo disse que a língua portuguesa é repleta de “força de expressão”, mas a fala irritou o ministro. “O senhor estava na reunião? Então, não tem condições avaliar a língua portuguesa”, afirmou Moraes.
/Redação, com AB















