Redação*
26 anos, três meses e 14 dias de reclusão em regime fechado: essa foi a pena aplicada ao réu Rodrigo Bezerra Almeida, nesta quinta-feira (5), após ser acusado pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) de homicídio triplamente qualificado contra o seu enteado, em 2021.
O bebê, que tinha apenas 8 meses de vida, morreu após levar socos e pontapés do padrasto. O nome da criança era Lucas Felipe da Silva, que vivia com a mãe e o então padrasto. O caso aconteceu no dia 20 de dezembro de 2021, numa casa no Tabuleiro dos Martins.
O MPAL foi representado no júri pelo promotor de Justiça Rodrigo Lavor, que sustentou a tese de homicídio com as qualificadoras de motivos fútil, meio cruel e sem chance de defesa à vítima.
“O MPAL se deparou, no dia de hoje, 5 de setembro, com um caso extremamente grave e comovente. A conduta do réu, ao admitir com frieza o assassinato brutal de um bebê de apenas 8 meses, certamente causou indignação não apenas ao Ministério Público de Alagoas, mas também ao Poder Judiciário e à sociedade como um todo”, afirmou o promotor.
Segundo o membro do Ministério Público, o réu disse, sem demonstrar qualquer arrependimento, que desferiu golpes, socos e pontapés no bebê apenas porque a criança estava chorando.
“O MP, ao sustentar a acusação com base em três agravantes, motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, atuou dentro de seu papel constitucional de promover a justiça e defender os direitos fundamentais, especialmente os das vítimas mais vulneráveis“, emendou.
“A pena de 26 anos, três meses e 14 dias de reclusão em regime fechado demonstra a gravidade do crime e o reconhecimento do Judiciário de que se tratou de um homicídio qualificado, ou seja, com circunstâncias que aumentam significativamente sua severidade”, destacou Lavor.
/com Ascom MP