Redação
O defensor público estadual Ricardo Melro, que acompanha de perto o Caso Braskem em Maceió, anunciou que uma análise independente, com base em dados oficiais, revela criticidade em 80% da área monitorada no bairro do Bom Parto.
“Bom Parto afunda de forma muito crítica”, afirma o defensor público. Ricardo Melro publicou o mapa atualizado que mostra a subsidência intensa e contínua no bairro, citando que, se fossem incluídos os deslocamentos acumulados desde o início do monitoramento (2019), o quadro seria ainda mais alarmante.
“A análise, realizada com base nos dados brutos fornecidos pela Defesa Civil de Maceió e com o devido apoio técnico, seguiu os critérios de classificação adotados pela Braskem e pelas Defesas Civis nacional e municipal. Importante destacar que o estudo se restringiu ao mês/ano de dezembro de 2024, utilizando unicamente os valores mensais de velocidade vertical (VV), sem considerar deslocamentos acumulados”, afirma.
Com isso, foram ajuizadas duas ações civis. A primeira aborda sobre a situação específica do Bom Parto, e a segunda, a respeito de pedir o retorno do SGB/CPRM [Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais] pra Maceió, a fim de retomar os estudos presenciais e atualizá-los.
“O pedido é direto: que o SGB confirme os dados e, diante disso, que a Justiça determine a elaboração do Mapa 06, com inclusão do bairro no plano de realocação. Ignorar isso não é mais erro técnico. É escolha institucional”, finaliza Melro.
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