O Brasil deverá exportar mais milho da safra 2024/25 do que o previsto, com uma safra maior do que a inicialmente projetada e em função da demanda de importadores que estão tendo disputas tarifárias com os Estados Unidos, o maior exportador global, de acordo com avaliação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (14).
O país sul-americano, segundo exportador mundial de milho, teve suas exportações estimadas em 40 milhões de toneladas de milho, segundo a Conab, que apontou aumento de 4 milhões de toneladas na comparação com a previsão de julho. Agora a estatal vê um crescimento versus o ciclo anterior, quando o Brasil embarcou 38,5 milhões de toneladas.
O aumento acontece pela “maior disponibilidade de milho no mercado nacional na segunda safra e dos prováveis redirecionamentos de demanda internacional para o milho sul-americano, haja vista os atuais embates tarifários entre os Estados Unidos e importantes importadores do grão”, afirmou a Conab.
A avaliação se dá mesmo com os EUA prevendo uma safra recorde de milho em 2025, de mais de 400 milhões de toneladas do cereal, segundo estimativa divulgada nesta semana pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Já a safra 2024/25 de milho do Brasil foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 137,0 milhões de toneladas pela Conab, um aumento de cerca de 5 milhões de toneladas em relação à previsão do mês passado. A colheita passada somou 115,5 milhões de toneladas.