O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz negou pedido de liberdade feito pela defesa do influenciador Hytalo Santos e do marido dele, Israel Natã Vicent. Os dois foram presos na última sexta-feira (15) por suspeita de exploração sexual e econômica de menores e trabalho infantil irregular.
A defesa do casal argumentou que a prisão decretada pela Justiça da Paraíba, e mantida na segunda instância, deveria ser revogada porque os depoimentos citados como base para a decisão não foram submetidos ao contraditório. Disseram ainda que a prisão ocorreu “em tempo recorde” após a divulgação de denúncias pelo youtuber Felipe Bressanim, conhecido como Felca.
O ministro do STJ, no entanto, considerou que não há razão para reverter a decisão liminar do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). O tribunal manteve a prisão, tendo em vista que o decreto prisional indicou, de maneira fundamentada, a existência de crimes graves no caso, especialmente a produção e divulgação de material audiovisual sexualizado envolvendo adolescentes.
O influenciador e o marido estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, situado na zona oeste de São Paulo. De acordo com informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o local está superlotado. O presídio tem capacidade para 500 detentos, mas, até a última sexta-feira (15), contava com 889.
O casal foi transferido da Delegacia de Carapicuíba, na região metropolitana, para o CDP 1 de Pinheiros na tarde dessa segunda (18/8). O influenciador chorou ao ser encaminhado para um veículo de transporte de detentos.
Os dois são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por tráfico humano e exploração sexual infantil. Eles foram presos na manhã da última sexta-feira (15/8), em uma mansão alugada, em Carapicuíba.