Por centenas de anos, o potencial terapêutico de plantas tem sido estudado pela ciência e medicina tradicional e, atualmente, seus benefícios já são amplamente conhecidos. Agora, uma pesquisadora quer ir além do que existe na terra e buscar o que algas marinhas podem oferecer para a saúde humana.
Tal Luzzatto, da Universidade de Haifa, em Israel, tem investigado a utilização de pequenas moléculas produzidas por macroalgas, microalgas e bactérias marinhas em possíveis tratamentos para diferentes doenças, incluindo o câncer, além de soluções cosméticas para o envelhecimento da pele.
“O mar é muito menos explorado [do que o ambiente terrestre], mas há muito a explorar”, afirma Luzzatto em entrevista à CNN. “Embora o ambiente terrestre ainda não seja suficientemente conhecido, o ambiente marinho é muito menos conhecido, e há muito potencial lá de obter novos compostos.”
O laboratório de Luzzatto realiza estudos para entender o potencial das algas como possíveis agentes anticâncer, além de suas propriedades antimicrobianas, antibióticas, antienvelhecimento da pele e seus pigmentos naturais e compostos gelificantes que podem ser usados pelas indústrias alimentícias e coméstica.
“Nós já identificamos algas com compostos que têm uma atividade muito seletiva contra câncer de cólon com uma mutação específica, por exemplo”, afirma Luzzatto. “Estamos testando diferentes linhagens celulares com diferentes mutações e vemos a seletividade [da ação dos compostos encontrados em algas marinhas], o que está levando a uma medicina personalizada”, completa.
*Com CNN