Redação
A manhã desta sexta-feira (12), foi marcada por uma operação da Polícia Federal contra a atual prefeita de Barra de Santo Antônio, Lívia Carla. Intitulada ‘Compra Casada’, a ação visou investigar um esquema de corrupção eleitoral, envolvendo a utilização de recursos públicos para a “compra de votos” durante as eleições do ano passado.
Após a repercussão, a chefe do Executivo municipal usou as redes sociais para prestar esclarecimentos. De acordo com a nota divulgada, Lívia Carla afirmou estar surpresa com a situação e lamentou que a operação vise, segundo ela, influenciar a opinião pública e causar desgaste político.
“Nada justifica essa operação, pois todos os esclarecimentos sempre foram prestados à Justiça. Lamentamos que a operação vise influenciar a opinião pública e causar desgaste político”, afirmou a prefeita.
De acordo com a Polícia Federal, os materiais de construção adquiridos pela Prefeitura do município foram entregues diretamente aos eleitores de um povoado, sem quaisquer procedimentos legais, mediante autorização de agentes políticos municipais. Mas, segundo Lívia, as acusações apresentadas não se sustentam, são inverídicas e infundadas, mesmo com os autos do procedimento policial revelando que o fornecimento desses bens teria sido feito sem qualquer programa social regular, cadastro prévio ou critérios transparentes.
Vale ressaltar que, até o momento, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos municípios de Barra de Santo Antônio e Maceió, todos expedidos pela Justiça Eleitoral da 14ª Zona. O objetivo é identificar todos os envolvidos, compreender a exata extensão dos fatos e robustecer o conjunto probatório.
ANTECEDENTES
Essa não é a primeira vez que a prefeita se torna alvo de denúncias, já que anteriormente já havia enfrentado uma série de acusações de irregularidades e contratos suspeitos durante sua gestão.
Uma delas trata-se do contrato de mais de R$ 9,2 milhões fechado com o Instituto de Gestão de Políticas Públicas Sociais (IGPS), com sede em Palmares-PE, mas que possui diversas parcerias vultosas com gestões de prefeituras em Alagoas para a prestação de serviços na execução de atividades e programas nas áreas da saúde, assistência social e administração.
Há também um contrato com a Cooprevsaúde, Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área de Saúde, no valor de R$ 15 milhões, firmado em 2023, visando à contratação de serviços administrativos acessórios, instrumentais ou complementares. Somando-se às denúncias feitas ao MPE, totalizam-se mais de R$ 27 milhões em contratos estranhos dessas entidades com a gestão de Lívia Carla.