Remunerar quem preserva e protege os biomas de Alagoas. Esse é o intuito do Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), iniciativa do Governo do Estado de Alagoas, através do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) em parceria com a Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).
Para garantir esse compromisso firmado pelos agricultores e agricultoras, a equipe técnica do IMA iniciou as vistorias nos municípios da Zona 1, que abrange o sertão alagoano. As visitas seguem até a próxima quinta-feira (18), contemplando as cidades de Delmiro Gouveia, Água Branca, Pariconha, Inhapi, Piranhas, Carneiros, Poço das Trincheiras, Pão de Açúcar e São José Tapera
O consultor ambiental Ary Michel Medeiros explica que as vistorias consistem em um monitoramento do plano de ação que foi feito por cada beneficiário pelo PSA. “Nessas visitas às propriedades, avaliamos o que foi feito e relembramos o que ainda precisa ser realizado, além de esclarecer dúvidas e prestar esse auxílio técnico nas formas de manejo”, destacou.
Em Água Branca, o agricultor Lenézio Oliveira, um dos contemplados do PSA, mostrou as melhorias que vem realizando na sua propriedade. Entre as iniciativas, ele destacou a diversificação com o plantio de espécies nativas e árvores frutíferas.
Além disso, falou sobre a importância de não realizar as queimadas e proteger os animais contra a caça e os maus-tratos, sempre sensibilizando seus colegas agricultores.
“Eu já preservo há um bom tempo e esse incentivo do Governo de Alagoas veio para ajudar ainda mais, principalmente com alguns investimentos como a compra de adubos orgânicos”, pontuou Lenézio, que cresceu na roça junto ao pai, também agricultor.
A agricultora Maria Gomes, conhecida como Dida, também é uma das beneficiadas pelo programa. Moradora do Povoado Cal, comunidade quilombola certificada pela Fundação Cultural Palmares desde 2010, o lote da agricultora fica localizado próximo à Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Morro do Craunã.
Para Dida, os frutos do seu trabalho no campo simbolizam entrada de renda, ancestralidade e motivo de orgulho.
“Minha maior alegria é quando meu filho vem pra roça comigo e poder comer uma fruta direto do pé, de uma árvore que plantei e cuidei com tanto carinho”, contou a presidenta da Associação dos Quilombolas da Comunidade Cal.
A Zona 2, que receberá as próximas vistorias previstas pelo IMA, contemplará os municípios Major Isidoro, Santana do Ipanema e Olho d’Água das Flores.
/Ascom IMA