26 de setembro de 2025
Folha de Alagoas
  • INÍCIO
  • GERAL
  • INTERIOR
  • CULTURA
  • ECONOMIA
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • REBULIÇO
  • CONTATO
Sem resultados
Exibir todos os resultados
26 de setembro de 2025
Folha de Alagoas
Sem resultados
Exibir todos os resultados
CÂMARA 1 - 728x90 (1)
CÂMARA 2 - 728x90 (1)
Redação

Redação

MPT alerta para riscos de trabalho infantil em redes sociais

26 de setembro de 2025
0
MPT alerta para riscos de trabalho infantil em redes sociais

Freepik

Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Whatsapp

O Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção a Adolescentes no Trabalho (FNPETI) e o Grupo de Pesquisa Trabalho, Constituição e Cidadania, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) elaboraram nota de posicionamento sobre os impactos da exposição de crianças e adolescentes em ambientes digitais e redes sociais.

O documento é publicado no contexto das discussões sobre adultização e promulgação do novo “Eca Digital” e chama atenção para a relação entre a chamada adultização, quando crianças e adolescentes assumem papéis ou comportamentos compatíveis com o esperado por adultos, e a configuração de trabalho infantil em plataformas digitais.

Adultização

Segundo o documento, a presença de crianças e adolescentes em ambientes virtuais pode deixar de ser apenas recreativa quando envolve monetização de conteúdo, produção habitual de vídeos, estímulo à profissionalização de canais ou cumprimento de expectativas econômicas. Nesses casos, a atuação digital de crianças e adolescentes não é imune ao controle judicial, pois se enquadra em situações típicas de trabalho infantil, ainda que em cenário virtual.

O posicionamento ganha ainda mais relevância diante dos dados da SaferNet, organização de referência no combate a crimes cibernéticos. Segundo a entidade, 64% das denúncias recebidas em 2025 referem-se a casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, o que representa um aumento de 18,9% em relação ao mesmo período de 2024.

Impactos na formação 

As instituições que assinam o documento alertam que o uso indiscriminado das redes sociais submete crianças e adolescentes a um fluxo contínuo de informações, imagens e vídeos muitas vezes inadequados à sua idade. Esse ambiente pode antecipar experiências para as quais ainda não têm maturidade e, sobretudo, colocar crianças e adolescentes sob lógica concorrencial de atividades laborais, prejudicando o tempo dedicado aos estudos, lazer, esporte, convivência familiar e comunitária, e contato com a natureza, elementos essenciais para o desenvolvimento saudável.

Para o coordenador nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, ministro Evandro Valadão, entidades públicas e da sociedade civil precisam reafirmar seu compromisso inabalável com a erradicação de todas as formas de trabalho infantil. “Não podemos permitir que a modernidade e a inovação tecnológica se tornem novas ferramentas de exploração. É nosso dever, como adultos, garantir que a infância seja um tempo de desenvolvimento, não de trabalho”.

A procuradora do Trabalho Luísa Carvalho Rodrigues, coordenadora nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes do MPT, observa que a promulgação da Lei nº 15.211/2025 (“ECA Digital”) representa um avanço na promoção de ambientes digitais mais seguros, mas ressalta que se trata de apenas um passo dentro de um processo contínuo para assegurar infâncias e adolescências protegidas.

De acordo com Katerina Volcov, secretária-executiva do FNPETI, as atividades realizadas por crianças e adolescentes nos meios digitais pode ser interpretada, em muitos casos, como trabalho infantil, pois há “frequência regular desses vídeos, relações de poder e hierarquia, e monetização do conteúdo”. A secretária-executiva reforça, ainda, a necessidade de um debate sério sobre a responsabilização das plataformas digitais.

Para Gabriela Neves Delgado, professora titular de Direito do Trabalho da UnB e coordenadora do Grupo de Pesquisa Trabalho, Constituição e Cidadania, o trabalho infantil é um problema histórico e persistente. Ela observa que, embora as formas de exploração tenham mudado, incluindo ambientes digitais e redes sociais, a vulnerabilidade de crianças e adolescentes permanece.

Mobilização contra a exploração

Diante desse cenário, as entidades reforçam a necessidade de mobilização pública, institucional e política em torno da exploração econômica de crianças e adolescentes em ambientes digitais. A nota destaca que o fenômeno deve ser tratado com a mesma gravidade de outras formas de trabalho infantil, com atenção especial à realidade virtual, que amplia as formas de exposição e exploração.

Para a juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) Viviane Martins, representante da Região Nordeste na Comissão Nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, o diálogo social pode favorecer a criação de estratégias de proteção que conciliem as atividades das empresas que operam por plataformas digitais com a função social necessária a ambientes que acolham crianças e adolescentes.

/Ascom

Você também pode gostar desses conteúdos

Inscritos no Encceja tem novo recorde e aumenta 41% no sistema prisional
Geral

Inscritos no Encceja tem novo recorde e aumenta 41% no sistema prisional

por Redação
26 de setembro de 2025
Seduc divulga nova convocação do PSS para professores da educação básica
Geral

Seduc divulga nova convocação do PSS para professores da educação básica

por Redação
26 de setembro de 2025
Governo de Alagoas celebra cooperação com Universidade de Lisboa
Geral

Governo de Alagoas celebra cooperação com Universidade de Lisboa

por Redação
26 de setembro de 2025
Ataque a tiros deixa 2 alunos mortos e 3 feridos em escola no Ceará
Geral

Ataque a tiros deixa 2 alunos mortos e 3 feridos em escola no Ceará

por Redação
25 de setembro de 2025
Secdef, Sefaz, Saúde e Ufal discutem ações sobre Transtorno do Espectro Autista
Geral

Secdef, Sefaz, Saúde e Ufal discutem ações sobre Transtorno do Espectro Autista

por Redação
25 de setembro de 2025

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

banner-site
banner-site
Próximo Post
Fiscalização do MPAL identifica problemas de acessibilidade em escola municipal no Jacintinho

Fiscalização do MPAL identifica problemas de acessibilidade em escola municipal no Jacintinho

Católicos de Paripueira discordam de evento com a participação de políticos

Católicos de Paripueira discordam de evento com a participação de políticos

7 de agosto de 2025
Vereador acusa Henrique Chicão de usar hospital para se eleger deputado

Vereador acusa Henrique Chicão de usar hospital para se eleger deputado

7 de agosto de 2025

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Política

Membros vaiam e deixam plenária durante discurso do primeiro-ministro de Israel na ONU 

26 de setembro de 2025
Sem categoria

Fiscalização do MPAL identifica problemas de acessibilidade em escola municipal no Jacintinho

26 de setembro de 2025
Geral

MPT alerta para riscos de trabalho infantil em redes sociais

26 de setembro de 2025

REDAÇÃO

(82) 98898-7444

folhadealagoas@gmail.com

ARQUIVOS

Disponível no Google Play

© 2021 | Folha de Alagoas.

Sem resultados
Exibir todos os resultados
  • INÍCIO
  • GERAL
  • INTERIOR
  • CULTURA
  • ECONOMIA
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • REBULIÇO
  • CONTATO

© 2021 | Folha de Alagoas.

Utilizamos cookies essenciais e outras tecnologias semelhantes, ao continuar navegando, você concorda essas e outras condições de nossa Política de Privacidade e Cookies.