O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) identificou milhares de inquéritos acumulados e sem investigação em inspeções realizadas em mais de 20 delegacias da Polícia Civil em Maceió.
Segundo a promotora Karla Padilha, existem processos de homicídio e de tentativa de homicídio anteriores a 2018 que permanecem apenas instaurados, sem andamento, o que representa impunidade para as famílias que aguardam por justiça.
“Isso é muito grave. As vítimas indiretas, que são as mães, os filhos dessas vítimas fatais, estão sem qualquer resposta por parte da polícia judiciária. E nós sabemos que há delegacias sem escrivãs ou com escrivãs que ainda fazem plantão na central de homicídios e, com isso, nós temos o problema de desvio de função”, destacou a promotora.
O órgão garante que tomará providências para cobrar soluções e garantir estrutura mínima às delegacias. “O Ministério Público terá que adotar medidas rigorosas até que haja um novo concurso para que essas pessoas retornem para a atividade para qual prestaram o certame público”, afirmou Padilha.