Por Redação
O deputado federal Dimas Gadelha (PT-RJ) usou as redes sociais para divulgar uma lista dos artistas brasileiros que mais receberam dinheiro público nos últimos dez anos. No topo do ranking, o cantor Gusttavo Lima aparece como o maior beneficiado, com faturamento de cerca de R$ 52 milhões. O artista se apresentou por três anos consecutivos no palco do São João Massayó, em Maceió, recebendo os maiores cachês entre todos os contratados.
Na capital alagoana, Gusttavo Lima recebeu R$ 800 mil em 2022, R$ 980 mil em 2023 e R$ 1,2 milhão em 2024. Em setembro do ano passado, o cantor chegou a ser preso após utilizar o palco do São João Massayó, ao lado do prefeito João Henrique Caldas (PL), para promover a empresa Vai de Bet. O mandado de prisão ocorreu durante a Operação Integration, que investigava um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas.
Seguindo a lista divulgada pelo deputado, o segundo lugar é ocupado pela dupla Bruno & Marrone, com R$ 45 milhões, seguida do cantor Leonardo, com R$ 42 milhões, fechando o pódio. Em quarto lugar aparecem Chitãozinho & Xororó (R$ 38 milhões), seguidos de César Menotti & Fabiano (R$ 35 milhões), Zezé Di Camargo & Luciano (R$ 32 milhões), Eduardo Costa (R$ 28 milhões), Amado Batista (R$ 23 milhões), Henrique & Juliano (R$ 20 milhões) e, por último, Fernando & Sorocaba (R$ 19 milhões).
Além de Gusttavo Lima, outros cinco nomes do ranking também já se apresentaram no São João Massayó. Bruno & Marrone receberam R$ 375 mil em 2022, R$ 650 mil em 2024 e R$ 784 mil em 2025; o cantor Leonardo, R$ 650 mil em 2024 e R$ 784 mil em 2025; e Eduardo Costa, R$ 490 mil em 2025. Já César Menotti & Fabiano e Zezé Di Camargo & Luciano também participaram das edições de 2024 e 2025, mas os valores pagos não foram divulgados.
Nas redes sociais, Gadelha também criticou artistas que se declaram de ‘direita’ e atacam a Lei Rouanet, que incentiva a produção cultural no país. Segundo ele, muitos desses críticos são os maiores beneficiados com recursos públicos. “Olha que hipocrisia, gente. Enquanto uns gritam ‘artistas comunistas’, os contratos milionários estão voando, e é para os amigos capitalistas e conservadores. Dinheiro público para cultura é importante, sim, mas transparência é para todo mundo”, afirmou.















