O relator do projeto que amplia a isenção do IR (imposto de renda) para quem ganha até R$ 5 mil, senador Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu manter em seu relatório todos os pontos aprovados pela Câmara dos Deputados, onde o texto foi relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).
De acordo com Calheiros, a estratégia de manter a integralidade foi adotada para evitar que o texto retorne à Câmara dos Deputados.
“Sem a garantia de um acordo robusto que assegure a votação imediata e a aprovação das emendas pela Casa Iniciadora, é alto o risco de o projeto se perder em novas discussões e o prazo de 31 de dezembro ser fatalmente descumprido. A escolha final, portanto, não é puramente técnica, mas estratégica”, diz o relatório.
Diante disso, o senador decidiu apresentar um novo projeto de lei com “todos os aprimoramentos” que entende ser necessário sobre a reforma da renda. A proposta já foi apresentada, em decisão terminativa, à CAE.
“Essa proposição contempla, entre outras matérias relevantes para o equilíbrio fiscal brasileiro, aperfeiçoamento que se faz necessário à futura lei na qual se converter o PL nº 1.087, de 2025, assegurando que o debate sobre a justiça fiscal no País continue a avançar de forma técnica, responsável e perene”, diz o relatório.
O relator rejeitou as emendas apresentadas pelos senadores. Em seu parecer, Calheiros aceitou apenas às mudanças redacionais, que não implicariam o retorno do projeto à Câmara.
O relatório manteve a isenção total de IR para salários de até R$ 5 mil e a isenção parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Para compensar a isenção, o texto manteve a tributação mínima para quem recebe mais de R$ 600 mil ao ano e a taxação de 10% de lucros e dividendos remetidos ao exterior.
/CNN Brasil















