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Caso Braskem: quando o poder público insiste em “recuperar” uma área que estudos consideram de risco

7 de novembro de 2025
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Caso Braskem: quando o poder público insiste em “recuperar” uma área que estudos consideram de risco

Imagem: Cortesia

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Por Maurício Sarmento

A cada dia se torna mais evidente que a chamada requalificação ou revitalização dos Flexais não representa melhoria, modernização ou cuidado com a população. Muito pelo contrário: ela tem transformado o território em um ambiente insalubre, inseguro e emocionalmente exaustivo, onde a vida cotidiana se deteriora e a saúde das famílias é colocada em risco.

E o pior: essa intervenção acontece numa área que TODOS os estudos técnicos classificam como de risco, onde a permanência de moradores contraria recomendações de especialistas e onde investir recursos públicos se mostra desnecessário, inadequado e incoerente com a realidade do território.

Poeira constante, casas sujas e doenças respiratórias

As obras têm produzido um volume de poeira que invade casas, estabelecimentos e vias. O ar se tornou denso, quase irrespirável. Essa “nuvem permanente” tem provocado crises de pieira, alergias, tosse e dificuldades respiratórias, especialmente em idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

A população vive com janelas fechadas, pano na boca, e a limpeza se tornou uma tarefa inútil: 30 minutos depois, tudo está coberto de poeira novamente. Viver assim não é revitalização. É agressão.

Pulverização mecânica de inseticida: um novo terror diário

Como se não bastasse a poeira, a comunidade também tem sofrido com a pulverização mecânica de inseticida, realizada sem aviso adequado, sem protocolo transparente e sem garantia de segurança. O cheiro é forte, incômodo, e muitos moradores relatam dor de cabeça, irritação nos olhos, náuseas e crises respiratórias após a passagem dos veículos que espalham o produto pelo ar.

Essa prática, somada à poeira das obras, cria um ambiente químico e tóxico no qual ninguém consegue viver com tranquilidade. O território virou uma mistura de pó e veneno.

Barulho incessante e violação do direito ao descanso

As máquinas não param. Mesmo aos sábados dias em que a comunidade deveria descansar o barulho de tratores, britadeiras e caminhões toma conta do território. Não há silêncio, não há sossego, não há paz.

Esse ritmo de obras desrespeita a vida, a saúde mental e os limites humanos.

Risco de acidentes e circulação caótica

Com maquinário pesado circulando a todo instante, vias estreitas interditadas e trabalhadores se misturando com moradores, os Flexais se transformaram em um canteiro de obras perigoso, sem controle de tráfego, sem rotas seguras e com altíssimo potencial de acidentes.

O transporte público não consegue completar sua rota devido às interdições, obrigando trabalhadores e estudantes a caminharem longas distâncias ou a perderem compromissos.

Dignidade ferida: casas sujas e impossibilidade de receber visitas

As famílias relatam que já não conseguem manter suas casas limpas nem receber visitas. A poeira invade tudo: roupa lavada, móveis, comida, água e isso compromete a dignidade doméstica.

O lar, que deveria ser lugar de acolhimento, tornou-se um espaço de incômodo permanente.

O ponto central: a comunidade dos Flexais NÃO quer regularização. Quer sair.

É fundamental registrar uma verdade que precisa ser dita com todas as letras: A comunidade dos Flexais não quer revitalização. Não quer requalificação. Quer realocação.

Todos os estudos independentes geológicos, geotécnicos, ambientais apontam o óbvio: os Flexais são uma área de risco e a permanência das famílias é insegura.

Diante disso, insistir em obras de revitalização é jogar dinheiro público em um território que não oferece garantias de estabilidade e que, mais cedo ou mais tarde, pode enfrentar novos episódios de subsidência e instabilidade do solo.

O que as famílias querem é o direito de sair com dignidade, com indenização justa, com recomposição de suas vidas, longe de um cenário que só traz medo, doenças e sofrimento.

A incoerência da gestão pública

Enquanto os estudos confirmam risco, a prefeitura realiza obras caras, confusas e mal planejadas, insistindo em “embelezar” um território que deveria estar sendo tratado como zona de atenção, evacuação planejada e reparação integral.

É incoerente, é irresponsável e é cruel.

O que está em jogo

Não se trata apenas de poeira, inseticida ou barulho. Trata-se de vidas.
Trata-se de saúde, segurança, dignidade e respeito.

A única revitalização aceitável, neste momento, é aquela que revitaliza o direito das pessoas de reconstruírem suas vidas em outro lugar, sem adoecer, sem sofrer e sem serem tratadas como parte de um experimento urbano fadado ao fracasso.

Os Flexais já deram seu recado. Agora é a vez do poder público ouvir e agir conforme a realidade, e não conforme discursos.

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