Redação
Na tarde de ontem (19), a DPE/AL participou de reunião com MPF, MP/AL e DPU para discutir o relatório diretamente com seus autores — Marcos Eduardo Hartwig (UFES), Magdalena Vassileva (PhD), Fábio Furlan Gama (INPE) e Djamil Al-Halbouni (Leipzig) — sobre as áreas do entorno do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias.
O encontro reuniu Defesa Civil Nacional, Defesa Civil de Maceió, SGB, consultores do CAT, além de AGU, PGM e representantes da Braskem. O objetivo foi sanar dúvidas e promover debate técnico qualificado entre os pesquisadores e as instituições responsáveis pelo monitoramento desde 2018.
Flexais – Ou seja: deslocamentos também decorrem da mineração, mas não só dela. Nexo causal esclarecido.
A própria equipe técnica da Braskem reconheceu que o monitoramento aponta convergência dos deslocamentos em direção às minas, indicando correlação com a mineração — exatamente como conclui o relatório independente.
Os pesquisadores reforçaram a necessidade de revisão do mapa, com inclusão dos Flexais na área de risco.
Metodologia — critério dos 5 mm/ano não é científico
Ficou demonstrado que o critério de 5 mm/ano não tem validação científica. Movimentos menores podem gerar danos, conforme o tipo de solo e o padrão construtivo.
A assessoria técnica da Braskem ponderou, entretanto, que os métodos desenvolvidos para Maceió — dada a complexidade e singularidade do caso — deveriam ser reconhecidos como referência. DCM, DCN e SGB concordaram com essa colocação.
Novos dados e aprimoramentos
As instituições técnicas informaram que, das 13 recomendações do relatório independente, 11 já estão em execução.
Também afirmaram possuir dados interferométricos, inspeções, feições mapeadas e registros de fissurômetros que não haviam sido enviados aos pesquisadores. Comprometeram-se a repassar todas as informações, e os autores do estudo declararam estar abertos a novos aprimoramentos.
A reunião ocorreu na sede do MPF, das 14h30 às 19h45, e foi integralmente gravada.















