Redação
A Central de Transplantes de Alagoas realizou, nesta terça-feira (16), a 52ª captação de órgãos de 2025 no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. O procedimento resultou na doação de rins e córneas, que agora representam uma nova chance de vida e qualidade para quatro pessoas que aguardavam na fila de transplantes.
A captação só foi possível após a autorização da família do doador, que, mesmo diante de um momento de profunda dor, optou por transformar a despedida em um gesto de solidariedade. A decisão reafirma a doação de órgãos como um dos atos mais significativos de empatia e cuidado com o próximo.
O diretor-geral do HGE, Fernando Fortes Melro, destacou o papel da unidade no fortalecimento da política de transplantes no estado e agradeceu à família pelo gesto. “O HGE tem orgulho de contribuir com a política de transplantes de Alagoas. Cada captação representa um esforço coletivo, que envolve estrutura adequada, profissionais capacitados e, acima de tudo, humanidade. Nosso agradecimento mais profundo à família do doador, que fez dessa despedida um ato de amor ao próximo”, afirmou.
Segundo a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, todo o processo segue critérios rigorosos e é conduzido com ética, respeito e cuidado em cada etapa. Ela explicou que a identificação do possível doador e o diagnóstico de morte encefálica são realizados por médicos diferentes, em momentos distintos, conforme determina a legislação brasileira. “Após essa confirmação, a família é acolhida, orientada e convidada a autorizar a doação. Nada acontece sem o consentimento familiar”, ressaltou.
Com a autorização, equipes multidisciplinares entram em ação para preservar os órgãos e realizar a cirurgia de captação, seguindo protocolos nacionais que garantem segurança e transparência. O trabalho envolve médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de enfermagem e outros profissionais dedicados a salvar vidas.
A doação de órgãos pode beneficiar dezenas de pessoas e transformar histórias marcadas pela espera. Para quem aguarda um transplante, a decisão de uma família pode significar a oportunidade de continuar vivendo, enxergando e sonhando.














