O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizará uma assembleia geral extraordinária com indicativo de greve, nesta terça-feira (13), no auditório do Sindicato dos Urbanitários, a partir das 13 horas. Na assembleia geral, os policiais civis discutirão o andamento das negociações pelo cumprimento das reivindicações, bem como o indicativo de greve e a mobilização contra as PECs 55/2016 e PEC 287/2016. Até o momento o governo do Estado não apresentou nova proposta à categoria.
A última proposta do governo foi de piso salarial de R$ 3.700,00 parcelado até 2018 com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017. A proposta não contemplava a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios que atendesse os aposentados e a isonomia dos policiais civis do último concurso.
PECs
A PEC 55/2016, que está para ser votada no segundo turno no Senado, congelará os investimentos dos serviços públicos por 20 anos, e a PEC 287/2016 faz a reforma da previdência que retira direitos e aumenta o tempo de contribuição dos policiais civis e servidores públicos.
E a PEC 287/2016 também retira a aposentadoria especial dos policiais civis, aumenta o tempo mínimo de 15 para 25 anos de contribuição, altera as regras de pensão por morte, aumenta a idade de contribuição previdenciária das mulheres de 60 para 65 anos e equipara o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
Mobilização
Os policiais civis estão deste o ano passado mobilizados pela valorização profissional através da pauta de negociação que contém 23 itens. Entre os principais pleitos, o reajuste do piso salarial, a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), o pagamento de risco de vida e de insalubridade, a correção dos valores do adicional noturno e da verba de alimentação, o fim do desvio de função que é a custódia de preso, o plano de saúde mantido pelo Estado, entre outros. Até o momento o Governo de Alagoas não concedeu nenhum item à categoria.
Atualmente, os policiais civis de Alagoas recebem o pior piso salarial da segurança pública para uma categoria com nível superior, além de estar no 25º lugar no ranking dos pisos salariais do Brasil.