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Redação

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“Sofri homofobia e humilhação”, diz prefeito gay

31 de dezembro de 2016
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Têko: "O povo cansou do modo tradicional de fazer política. Quer experimentar o novo. Se não for bom, troca o novo” (Divulgação)

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Aos 35 anos de idade, o administrador de empresas Wirley Rodrigues (PHS), o Têko, teve de derrotar mais que o seu adversário, candidato à reeleição, para conquistar a prefeitura de Itapecerica (MG), município de 21 mil habitantes localizado na região Centro-Oeste de Minas Gerais, a 180 km de Belo Horizonte. Para chegar lá, Têko teve de derrotar o preconceito e a homofobia. Homossexual assumido, ele foi alvo de ataques e ofensas por causa da sua orientação sexual durante a campanha eleitoral. Mas não desistiu. Eleito com 57,35% dos votos, ele toma posse neste domingo (1º) com a promessa de tornar a cidade mais tolerante com as diferenças, sejam elas de que natureza forem. Além dele, apenas o prefeito reeleito de Lins (SP), Edgar de Souza (PSDB), é gay assumido entre os mais de 5,5 mil chefes de Executivo municipal escolhidos pelas urnas em outubro.

“Os eleitores perceberam meus valores, minha competência e minhas propostas. Minha orientação sexual, seja qual for, não determina a qualidade de uma gestão. Minha eleição é um marco, mas o número de homossexuais eleitos é muito pequeno”, disse Têko ao Congresso em Foco. Ao longo da campanha, a casa onde ele e sua mãe moram foi pichada com palavras ofensivas e preconceituosas. Fotos dele fantasiado foram espalhadas pela internet. “Sofri muitas humilhações, meu nome foi achincalhado nas redes sociais. Minha voz foi motivo de chacota entre meus adversários. Sofri homofobia e recebi todos os nomes que um ser humano pode ganhar, todas as humilhações”, relatou. O caso ainda é investigado pela polícia, que busca os autores dos ataques.

Na última eleição, apenas 377 candidatos a prefeito ou vereador assinaram a plataforma de defesa dos direitos LGBT, encampada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (ABGLT). Desses, apenas 27 se elegeram. Entre eles, só 12 são LGBTs (os demais são aliados) – com exceção de Têko, todos foram eleitos vereadores.

Campanhas educativas

Embora se reconheça como um militante da causa, o prefeito diz que não pretende criar nenhuma secretaria voltada para a defesa da comunidade LGBT. Segundo ele, a prioridade será dedicar atenção especial à promoção de campanhas educativas. “Uma pessoa não pode ser desqualificada por sua orientação sexual. Somos todos iguais. Precisamos capacitar equipes para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e educar a população para que todos se respeitem. Precisamos de uma campanha de amor ao próximo, somos todos filhos de Deus”, declarou.

Têko disse que sabia, ao se candidatar, que sua orientação sexual seria utilizada por seus adversários. “Fui alvo de muitas chacotas, o povo ria de mim. Faço uma festa a fantasia todos os anos. Os opositores mandavam foto minha fantasiado para todo o Brasil: ‘Vejam o prefeito de Itapecerica’. Sempre tinha piadinhas, mas não esmoreci. Fiquei firme na proposta e não falava mal do meu adversário. Faltando quatro dias para eleição, picharam minha casa me chamando de bicha e outras palavras de baixo calão. Desde que lancei meu nome, sabia que não seria fácil”, afirmou. “O preconceito sempre vai existir. Tende a diminuir com a evolução da sociedade. Todos os grupos devem ser representados na política e oportunidade para demonstrar seu valor. A pessoa não pode ser desqualificada por causa da sua orientação sexual”, acrescentou.

Esta não foi a primeira experiência eleitoral de Têko. Ele tentou duas vezes sem sucesso se eleger vereador pelo PTB e pelo PMDB. Servidor público há 12 anos, o administrador foi chamado pelo PHS a se candidatar após o partido – o mesmo do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil – constatar que ele era o nome de menor rejeição na cidade, entre os potenciais candidatos.

“Em um primeiro momento, a população ficou um pouco assustada. Mas o Têko tem condições de governar? Sou formado em administração de empresas. As pessoas não pensavam que eu podia vencer. O candidato que derrotei (o então prefeito Antonio Dianese, do PP) estava há 20 anos no poder, tinha a máquina administrativa na mão. Foi uma campanha difícil. Mas sempre acreditei”, disse.

Nova política

Segundo o novo prefeito, a aprovação ao seu nome cresceu à medida que os eleitores perceberam seu novo jeito de fazer política. “Eu visitava as casas, conversava com as pessoas, pregava uma política de diálogo, contra a política mesquinha e arrogante de coronel. Busquei representar uma nova política. Estou pronto para esse desafio. Vamos assumir em um momento complicado, quando os políticos estão desacreditados como nunca. O povo cansou do modo tradicional de fazer política. Quer experimentar o novo. Se não for bom, troca o novo”.

Têko disse que suas prioridades serão nas áreas da educação, da saúde e da segurança pública, na qual pretende buscar parceria com as polícias Civil e Militar. “Tudo será feito com planejamento. As cidades do interior têm cada vez menos dinheiro e cada vez mais responsabilidades”, observou.

Fonte: Congresso em foco

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