Banner-728x90px-Alagoas-Inteligente_2
1017
31 de outubro de 2025
Folha de Alagoas
Banner-728x90px-Alagoas-Inteligente_2
Banner-728x90px-Alagoas-Inteligente_2
  • INÍCIO
  • GERAL
  • INTERIOR
  • CULTURA
  • ECONOMIA
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • REBULIÇO
  • CONTATO
Sem resultados
Exibir todos os resultados
31 de outubro de 2025
Folha de Alagoas
Sem resultados
Exibir todos os resultados
CÂMARA 1 - 728x90 (1)
CÂMARA 2 - 728x90 (1)
Redação

Redação

O que há por trás da reforma da Previdência

3 de janeiro de 2017
0

Divulgação

Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Whatsapp

Alexandre Triches

Para a compreensão da problemática por detrás da reforma da Previdência apresentada pela PEC 287/16, não é necessário entender apenas de conceitos econômicos ou atuariais, conforme tem sido o objeto dos debates entre os defensores e os críticos das mudanças. Os números em si são exatos, e dificilmente geram dúvidas. Mas, quando eles se relacionam com outros números, se transformam em uma política, e toda política, invariavelmente, é permeada por uma ideologia.

Por isso que, para entender de reforma previdenciária, precisamos compreender a ideologia, notadamente aquela que predomina no período a ser objeto de nossa análise. E, para compreender ideologia, precisamos entender a história. O Seguro Social foi desenvolvido na idade moderna por Otto Von Bismarck. O chanceler alemão criou, em 1883, uma série de seguros para proteger o trabalhador contra os riscos dos acidentes do trabalho, das incapacidades e do advento da idade avançada.

O contexto era do liberalismo econômico já em decadência, após o auge da Revolução Industrial, havendo uma mudança progressiva das condições sociais da população. Conta-se que a intenção daquele que é conhecido como o pai da Previdência, na verdade, não foi de tutelar os interesses dos trabalhadores. Chanceler hábil, Bismarck instituiu um sistema de Previdência Social para barganhar apoio político diante da crise econômica e do avanço dos ideais socialistas (críticas social-democratas), que colocavam em risco a estabilidade política e a unidade da Alemanha na época.

Assim foi iniciada a saga previdenciária no estado moderno, vejam, mais política do que social. Com a entrada do século XX, o liberalismo econômico é rechaçado e tem-se a afirmação do Estado como agente indispensável no desenvolvimento dos países. A teoria Keynesiana influencia a renovação das teorias clássicas e surge uma estrutura denominada de “Estado de Bem-Estar Social” – uma política na qual o Estado é o responsável pela garantia dos mínimos sociais, como direitos trabalhistas, previdenciárias e de índole sanitária.

É justamente nesse período que o setor previdenciário tem seu grande impulso: transforma-se em Seguridade Social, com proteção não apenas para quem contribuiu, mas para a universalidade da população. Tais ideais desembarcam no Brasil com a Constituinte de 1988, trazendo entusiasmo diante da promessa de que o país estará focado prioritariamente na resolução das questões sociais.

Acontece que, no final da década de 80, vive-se uma nova virada (queda do Muro de Berlim) com o advento de um novo Estado liberal (denominado de neoliberal). Diante do novo contexto, torna-se pressuposto a diminuição do papel do Estado. A desregulamentação da economia. A privatização de amplos setores estatais. Uma nova dimensão na relação entre sociedade e poder público.

A promoção de direitos sociais é mitigada, pois saúde, educação e previdência tornam-se consequências, e não a razão do desenvolvimento econômico. Fomenta-se o desenvolvimento do setor privado, em substituição ao Estado-providência. Contesta-se o papel do poder público na proteção do trabalhador, na resolução das questões sociais. Afirma-se que a Previdência é insustentável. A racionalidade alcança um nível ideológico completamente diferente da fase anterior a desafiar a sociedade quanto ao futuro do Estado perante as próximas gerações.

Resultado de imagem para reforma da previdencia

Talvez, por isso, que, mesmos certos em nossos argumentos, não seremos ouvidos em nossa demonstração de que a Previdência Social é fundamental para o país. Que sem a desvinculação das receitas da União a Previdência seria superavitária. Que se não houvesse uma política de desonerações fiscais irresponsável sobraria dinheiro para pagar os benefícios sociais. Que o Brasil é um país de dimensões continentais e, talvez, diferente dos exemplos sempre citados, de países europeus, possua riquezas para manter uma Previdência forte. Que não é o pequeno produtor rural o vilão das contas públicas brasileiras.

Talvez por isso, também, que, assim como não foi para proteger a pessoa humana o mote de Sir Bismarck, em 1983, ao propor a criação da Previdência Social, certamente que, no momento atual, não é para preservá-la para as novas gerações a razão governamental por detrás das alterações na Previdência Social.

* Alexandre Triches é advogado, especialista em Direito Previdenciário.

Fonte: Agência Brasil

Você também pode gostar desses conteúdos

Atlas: maioria dos brasileiros aprova megaoperação no Rio de Janeiro
Geral

Atlas: maioria dos brasileiros aprova megaoperação no Rio de Janeiro

por Redação
31 de outubro de 2025
Acidente é registrado em frente a condomínio de luxo na AL-101 Sul
Geral

Acidente é registrado em frente a condomínio de luxo na AL-101 Sul

por Redação
31 de outubro de 2025
DMTT altera trajeto da linha 051 – Santos Dumont/Centro, em Maceió
Geral

DMTT altera trajeto da linha 051 – Santos Dumont/Centro, em Maceió

por Redação
31 de outubro de 2025
PC-AL esclarece caso de falsa gravidez de gêmeos e desaparecimento de mulher
Geral

PC conclui inquérito sobre homicídio de homem executado dentro de casa em Maceió

por Redação
31 de outubro de 2025
‘Cansada’: cliente se revolta e quebra aparelhos na sede da Equatorial Piauí
Geral

‘Cansada’: cliente se revolta e quebra aparelhos na sede da Equatorial Piauí

por Redação
30 de outubro de 2025

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

banner-site
banner-site
Próximo Post

Justiça concede habeas corpus a casal que cultiva maconha para fins medicinais

Católicos de Paripueira discordam de evento com a participação de políticos

Católicos de Paripueira discordam de evento com a participação de políticos

7 de agosto de 2025
Vereador acusa Henrique Chicão de usar hospital para se eleger deputado

Vereador acusa Henrique Chicão de usar hospital para se eleger deputado

7 de agosto de 2025

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Sem categoria

Arthur Lira aparece em lista de viagens que já custaram R$ 7,8 milhões aos cofres públicos em 2025

31 de outubro de 2025
Política

Nikolas Ferreira defende primo traficante e xinga internauta de ‘piranha’

31 de outubro de 2025
Sem categoria

Renan Filho entra na reta final para aprovar CNH mais barata no país

31 de outubro de 2025

REDAÇÃO

(82) 98898-7444

folhadealagoas@gmail.com

ARQUIVOS

Disponível no Google Play

© 2021 | Folha de Alagoas.

Sem resultados
Exibir todos os resultados
  • INÍCIO
  • GERAL
  • INTERIOR
  • CULTURA
  • ECONOMIA
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • REBULIÇO
  • CONTATO

© 2021 | Folha de Alagoas.

Utilizamos cookies essenciais e outras tecnologias semelhantes, ao continuar navegando, você concorda essas e outras condições de nossa Política de Privacidade e Cookies.