Redação Folha de Alagoas
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) perdeu no início do mês uma importante gama de representatividade. O Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar da Rede Estadual de Educação do Estado de Alagoas (Sae/AL) conseguiu junto ao Ministério do Trabalho o Registro Sindical (Carta Sindical), o que transforma o Sae/AL no representante legítimo e legal dos auxiliares administrativos.
Outra derrota do Sinteal no mês de maio foi na Justiça. O sindicatão controlado historicamente por petistas pleiteou no Tribunal Regional do Trabalho a ilegalidade da fundação do Sindicato dos Professores Contratados da Rede Pública de Alagoas (Sinprocorpal).
A bronca dos professores, que são monitores do Estado, é que não se sentem representados pelo Sinteal, que investe num modelo arcaico de sindicato, onde sua principal ação é colocar faixas pela cidade em defesa de governo “A” ou “B” e pedindo “Fora, Temer!”.
Enquanto as lutas classistas são esquecidas, as categorias se unem em busca de representatividade, por quem lute de verdade em defesa dos seus direitos, já que o Sinteal parece mais preocupado com a manutenção do seu grupo político no poder. A eleição do sindicatão acontece em 2018.
Em paralelo as derrotas políticas, o Sinteal deve enfrentar uma oposição organizada na disputa eleitoral do próximo ano. O professor Eduardo Vasconcelos, que é presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro/AL), vem capitaneando um projeto de interiorização e mudança de postura sindical. Mais próximo dos filiados e com marca da administração “Somos professores com orgulho e exigimos respeito”, Vasconcelos é um dos participantes da campanha permanente “Muda Sinteal”.
O processo democrático deve pôr em xeque a administração hegemônica de quem tenta se perpetuar no poder, enquanto novas forças políticas surgem para se contrapor ao atual modelo retrógado.