Na tarde desta quinta-feira (28), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio de sua assessoria de comunicação, emitiu nota sobre “um suposto relatório” acerca da situação do Pinheiro, que vem sendo divulgado pela imprensa. Segundo o órgão, o documento, apresentado durante audiência pública no Senado, trata apenas de uma das metodologias que estão sendo empregadas nos estudos realizados do bairro.
Ainda de acordo com a nota, o documento não é um relatório parcial ou conclusivo sobre as causas das rachaduras e fissuras em ruas e imóveis do bairro. “Qualquer tentativa de “interpretação” de dados de maneira isolada não contribui para resolver o problema, servindo apenas para desinformar e causar pânico desnecessário à população”, diz trecho do comunicado.
Leia nota na íntegra abaixo:
Tendo em vista reportagens veiculadas na imprensa de Maceió, em que citam um suposto relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre a situação do bairro Pinheiro, informamos o seguinte:
Em audiência pública no Senado Federal, no dia 21 de março, a CPRM fez uma apresentação dos estudos desenvolvidos no bairro, entre eles, da análise interferométrica. Trata-se, portanto, de apenas uma das metodologias que estão sendo empregadas nos estudos realizados do bairro. Esta apresentação não se refere a um relatório parcial ou conclusivo.
Os resultados da análise interferométrica são baseados em imagens de satélite do período de abril de 2016 a dezembro de 2018. Estas imagens foram adquiridas pela CPRM para auxiliar nos estudos, que entram numa fase importante de processamento, interpretação e integração de todos os dados coletados.
A interferometria aponta uma lenta deformação (subsidência) com uma componente em direção à lagoa de Mundaú. Contudo, essa informação, apesar de ser relevante, precisa ser integrada aos demais estudos geofísicos, de geologia estrutural, sísmicos, geotécnicos, do histórico de uso e ocupação e da infraestrutura urbana, para real compreensão do fenômeno que afeta o bairro Pinheiro. Os resultados da Interferometria não podem ser jamais analisados de forma isolada.
Ressaltamos mais uma vez que o relatório final que apresentará a causa ou as causas de instabilidade do bairro Pinheiro será apresentado às autoridades no final do mês de abril.
Qualquer tentativa de “interpretação” de dados de maneira isolada não contribui para resolver o problema, servindo apenas para desinformar e causar pânico desnecessário à população.
Reiteramos ainda que o mapa de interferometria contém as cores vermelha, amarela e verde, simplesmente, para destacar os resultados obtidos, que devem ser analisados pelos especialistas.
Também é importante enfatizar que a interferometria não se refere a um mapa de risco geológico ou uma atualização do mapa de evidências de rachaduras, fissuras e afundamentos, já divulgado pela CPRM. Tampouco deve ser interpretado desta forma apenas pela cor vermelha nas regiões do Pinheiro e bairros adjacentes.
Neste momento, nossos técnicos estão empenhados no processamento, integração e interpretação de todos os dados, informação e conhecimento adquiridos pelo Serviço Geológico do Brasil para apresentar o relatório dentro do prazo pactuado com as autoridades na audiência pública no Senado.
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Redação, com Assessoria