Milhares de pessoas, entre civis, professores e alunos, contrários aos cortes na educação, medida anunciada pelo governo Jair Bolsonaro, protestaram na manhã desta quarta-feira (15). Na capital alagoana, a concentração teve início às 7h, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa). Universidades e escolas também tiveram paralisações.
Até 10h, ao menos 17 estados e o Distrito Federal tinham registrado atos. Universidades e escolas também tiveram paralisações.
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.
O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Redação