A notícia de que Lula já endossa o nome de Fernando Haddad para concorrer à Presidência da República em 2022 gerou reação de Guilherme Boulos, uma das novas e mais promissoras lideranças da esquerda no Brasil.
“Defendo que a esquerda busque unidade pra enfrentar Bolsonaro. Para isso, antes de lançar nomes, devemos discutir projeto”, publicou o ex-candidato à Presidência pelo PSOL em seu perfil no Twitter nesta sexta-feira (5).
Coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), Boulos foi ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de SP, em 2020, enquanto o PT teve desempenho pífio. O candidato do PSOL, no primeiro turno, teve 20,2%, dos votos válidos —o candidato do PT, Jilmar Tatto, teve 8,7%.
Após conversa com Lula, Haddad aceita ser candidato a presidente em 2022
Fernando Haddad (PT), candidato a presidente em 2018, deve pleitear o cargo novamente em 2022. Ele revelou que, diante das incertezas sobre os direitos políticos de Lula (PT), começará a campanha para a eleição de 2022.
“Ele (Lula) me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar. Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad em entrevista à TV 247.
Em 2018, Haddad conseguiu ir para o 2º turno das eleições presidenciais, mas perdeu para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que obteve 55,13% dos votos válidos.
Lula está inelegível atualmente, mas ainda pode ser o candidato do PT em 2022. É possível que o julgamento do caso do triplex seja invalidado por suspeição de Sergio Moro. O STF esperar julgar sobre isso ainda neste 1º semestre.
Se houver essa anulação e Lula recuperar os direitos políticos, será o candidato do partido no lugar de Haddad. “Caso isso ocorra, ele terá o apoio de todos nós”, afirmou o ex-prefeito de São Paulo.
Quem também está na expectativa desse julgamento é Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. Também em entrevista à TV 247, ele afirmou que não será candidato a presidente se Lula estiver na disputa.
FolhaSP/UOL