Por Leonardo Ferreira
Além do sofrimento causado aos moradores, estudos elaborados por técnicos tributários apontam que Maceió vai deixar de arrecadar cerca de R$ 2 bilhões em 20 anos na área tributária diante do abandono dos imóveis nos bairros atingidos pelas rachaduras e afundamento do solo.
O cálculo foi estimado por profissionais da própria Prefeitura e revelado pelo secretário municipal de Economia, João Felipe Borges.
O levantamento leva em consideração, num primeiro cenário, a diminuição nas receitas oriundas do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), o que obrigará a gestão atual e as próximas a elaborarem estratégias para que o caixa fique equilibrado, assim como realizar os investimentos necessários.
“A gente tem quatro bairros afetados que os contribuintes estão isentos de IPTU por cinco anos. Além disso, há outros transtornos causados que não dá para dimensionar, como quantos imóveis estariam em transações na região. Porque o imóvel comprado e vendido gera ITBI; já o habitado gera IPTU. Tudo isso não teremos mais. Isso somente na questão da tributação”, afirmou o chefe da pasta.
Vale ressaltar que a tragédia ocasionou o caos imobiliário na cidade, com aumento substancial nos preços dos aluguéis e imóveis. Com diversos bairros afetados, que possuem boa localização, como são o Pinheiro e Bebedouro, muitas vítimas tiveram que ir para municípios da Região Metropolitana de Maceió, afetando também a economia maceioense.
Participa Maceió
Agora em agosto, a Prefeitura lançou a plataforma ‘Participa Maceió’, na qual o cidadão pode sugerir ações prioritárias dentro do plano plurianual da gestão. O objetivo é ouvir o que as pessoas querem como foco para a cidade e seus bairros. Até 25 de agosto, você pode se cadastrar no site participa.maceio.al.gov.br