Redação
Com mais de 1.000 páginas, o texto-base do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid já está pronto. A expectativa do senador Renan Calheiros é apresentar o documento na segunda quinzena de setembro, segundo confirmou o alagoano nesta quinta-feira (19).
Na reta final, o senador descartou a possibilidade de pedir que o inquérito continue em outras instituições investigativas após o término dos trabalhos da CPI. Segundo o relator, o parecer sobre as investigações, elaborado pela sua equipe, será conclusivo.
“O meu relatório não vai mandar para procuradoria investigar nada. Ele vai concluir a partir das investigações realizadas aqui e pedindo para que, no prazo que a lei das comissões parlamentares de inquérito reserva, a Procuradoria-Geral da República mande processar, e não investigar novamente. Não é esse o meu estilo, o meu propósito”, respondeu Renan à pergunta do senador Marcos Rogério acerca da condução do texto.
O senador alagoano acrescentou ainda que, no parecer, vai responsabilizar por crime comum os integrantes de um suposto gabinete paralelo, que teria aconselhado o governo federal na tomada de decisões durante a pandemia.
“Pretendo, como relator, posso não aprovar nesta CPI, responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo, pela maldade que fizeram contra o Brasil ao prescrever remédios ineficazes, ao estabelecer prioridades para gasto orçamentário, para execução de gasto público criminosamente”, completou Renan.
O parlamentar rebateu acusações de Marcos Rogério de que estaria antecipando trechos do relatório final à imprensa. Renan garantiu que nem o parecer nem um esboço do documento estão prontos. Segundo ele, a única informação que deu à imprensa sobre o parecer é o prazo previsto para entrega.
com AB