Da Redação
Enquanto aguarda decisão judicial, a família do menino Eliabe Cordeiro, 2 anos, que está com câncer terminal em tratamento paliativo, pede ajuda de gestores municipais e estaduais para conseguir a transferência da criança de São Paulo para Maceió, já que a Unimed negou os pedidos dos pais e dos médicos.
O advogado dos familiares já entrou com pedido de tutela de urgência para que seja determinada a disponibilização imediata de UTI aérea, mas a Justiça, até o momento da matéria, ainda não analisou o caso.
“Estamos aflitos porque a doutora veio e falou que as plaquetas do Eliabe estão baixando muito rápido, mesmo sem fazer quimioterapia. Ontem, ele estava com 21 mil e hoje já foi para 14 mil. Todos os dias ele recebe plaquetas e hemácias, mas as taxas sempre descem”, contou Josineide Cordeiro, mãe do menino.
Eliabe está no Hospital do GRAACC, na capital paulista, acompanhado da mãe e do pai, Jamiel Rodrigues. A médica Jéssica Benigno, responsável por acompanhar o tratamento do garoto, já enviou dois relatórios solicitando a transferência para Maceió.
“Solicitamos urgência na liberação da UTI aérea, visto que o paciente está em rápida progressão da doença, sendo necessário viajar antes que apresente instabilidade hemodinâmica/clínica”, diz o último pedido.
A indicação médica é motivada para que a criança esteja na sua cidade de origem, onde seus pais terão apoio e serão acolhidos por amigos e familiares. Desde agosto em São Paulo, os pais estão longe dos outros três filhos, que estão sendo cuidados pela avó.
A resposta da Unimed para as solicitações foi que a remoção somente seria obrigatória se houvesse a falta de recursos para continuidade do tratamento na unidade de saúde de origem. Procurada pela Folha, a operadora de saúde ainda não emitiu posicionamento sobre o caso.