Redação
O trágico acidente que vitimou 10 pessoas em Capitólio (MG) levantou o debate sobre a segurança de locais turísticos próximos a paredões de rocha. Em Alagoas, as Prefeituras de Penedo e Piranhas afirmaram que seus locais turísticos, como a Rocheira e os cânions do Rio São Francisco, estão seguros para os visitantes.
Em Piranhas, os gestores municipais afirmaram que estão mantidos os passeios de embarcações na região dos cânions, mesmo com a notícia de aumento da vazão de água no Rio São Francisco por conta das chuvas, o que fez a Defesa Civil de Alagoas emitir alerta.
Segundo a Prefeitura, não há risco iminente de desastres naturais, por isso, os passeios seguem funcionando normalmente e cumprindo seus roteiros sem nenhuma alteração, citando ainda que a chegada de mais água significa dias melhores para todo o sertão alagoano.
Já em Penedo, o geólogo Jean Melo analisou a situação da Rocheira, ponto turístico com grande fluxo de visitantes e moradores. O trabalho preventivo identificou que a Rocheira de Penedo não é igual ao cânion do Lago de Furnas, local do acidente em Minas Gerais.
“É importante destacar que os substratos e as condições geológicas do município de Penedo são diferentes daquelas encontradas na região do Capitólio. Nós temos aqui rocha sedimentar, um pacote arenítico, e no Capitólio são rochas quartziticas metamórficas com diversas linhas de fraturas preferenciais verticais e horizontais”, explica Jean Melo.
O geólogo da Semarh Penedo frisa que o processo de formação da Rocheira é basicamente feito por camadas horizontais e não se espera que ocorram eventos da mesma magnitude do que se viu em Capitólio. Porém, é preciso aprofundar o estudo sobre as condições do local devido a possibilidade da ocorrência do aceleramento de processos erosivos, inclusive por meio do lançamento de efluentes no alto da Rocheira.
*com informações de assessoria