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‘A gente é piranha, mas tem nossa autonomia’: Hyperanhas representam rap feminino do Brasil no Lolla

21 de março de 2022
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‘A gente é piranha, mas tem nossa autonomia’: Hyperanhas representam rap feminino do Brasil no Lolla
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Nath Fisher, 26 anos, e Andressinha, 22, estão acostumadas a entrarem em estúdios e palcos de rap rodeadas só de homens. No Lollapalooza 2022 não é diferente: as MCs do duo Hyperanhas são as únicas rappers brasileiras (há cantoras como Gloria Groove e Jup do Bairro, que passam pelo rap, mas são menos presas ao estilo).

As Hyperanhas participam do show de funk e rap comanadado pelo DJ WC no Beat (ao lado de vários outros homens, claro). As duas não se abalam. Pelo contrário: estão empolgadas por serem exemplos para outras meninas “criarem música, falarem o que pensam e fazerem o que querem”.

Foi com esse espírito que as duas se juntaram há três anos em meio a festas e batalhas de rima de São Paulo. A história é parecida: ambas foram morar na cidade no final da adolescência, vindas do interior do Estado – Nath de Araras, Andressa de São Carlos.

“Quando conheci a cultura do hip hop, do skate, da pichação, fiquei apaixonada pelo centro da cidade. Comecei a ir a muitos eventos. Já estava englobadaali, mas ainda não cantava, só escrevia rimas”, conta Nath, a amiga mais velha.

Quando Andressinha chegou à cidade, Nath foi seu norte: “Eu fui num cego, sem saber o que ia fazer da minha vida, o que seria dali para frente. Mas acabou que Deus colocou a Nati no meu caminho assim que eu cheguei a São Paulo.”

O início da dupla foi “natural”: “Nossas primeiras músicas a gente escreveu do nada. A gente estava em casa, colocamos um beat da internet e começamos a escrever sobre as nossas vivências. Assim fizemos ‘Gelo No Copo’ e ‘Baby o Que Cê Quer de Mim?'”, conta Nath.

O nome da dupla já estava pronto. “A gente se conheceu numa casa em que eu morava com outra amiga, que já tinha esse nome de ‘Hyperanhas House’.”

“A gente deu esse nome de ‘brisa’, de falar que somos mulheres empoderadas, que a gente é piranha, mas a gente tem o nosso próprio ‘hype’, o nosso próprio dinheiro e a nossa própria autonomia. E se ser piranha é ser isso, tá tudo bem, nós somos piranhas mesmo”, diz Nath.

“Como a gente escreveu nossas músicas lá (na casa) e nos conhecemos lá, quando a gente foi colocar o nome, falou: nada mais justo do que Hyperanhas”, conclui a MC.

“Gelo no copo” saiu em 2019 e foi um sucesso instantâneo – até hoje o maior delas, com 28 milhões de views no YouTube. Era uma época no Brasil que crescia a cena de trap, o estilo de batidas arrastadas e versos hedonistas que saiu do sul do EUA e virou o subgênero mais pop do rap.

Os ídolos do trap descrevem de um jeito meio anestesiado um mundo de festas, sexo, drogas e ostentação. Se a maioria masculina de MCs pode, as Hyperanhas não se reprimem. “Você vagabundo, eu semi-dama / Gelo no copo / Brisa na mente / Brilho nos dentes”, elas cantam em “Gelo no copo”

Elas também mergulharam de cara numa particularidade do trap brasileiro: a mistura frequente com o funk. “Na estética eles falam da ostentação da superação… Eles caminham muito lado a lado. Se você atingir um público do funk consegue atingir o do trap”, ensina Andressinha.

Elas trombaram com machismo, mas dizem que “de um tempo para cá isso vem mudando e as mulheres estão se impondo e conseguindo entender o seu valor”. De todo jeito, o caminho ainda é longo para um trap igualitário. Andressinha, mordaz, tem uma explicação pra esse problema

“Tem vários homens que só se dizem hétero na hora de se relacionar com mulheres, porque fora disso, as únicas pessoas que eles admiram são outros homens.”

A barreira não é só de gênero. As Hyperanhas representam uma música criada e consumida na periferia urbana, muito popular e influente no pop brasileiro, mas pouco presente em grandes festivais. Elas esperam que essa edição do Lolla ajude a abrir estas portas em outros eventos.

“Acho que é um certo tipo de preconceito…”, diz Andressinha. “… com cultura da periferia”, completa Nath, como se elas estivessem compondo em tempo real.

“Exatamente,” continua Andressinha. “Vem muito da galera talvez não não querer esse público num festival grande. Eu acho isso, para ser sincera, extremamente ‘zoado’. Porque os sons que estouram de verdade têm muita força das periferias, da galera ‘da quebrada’.”

“Se estiver tocando na favela, o Brasil inteiro vai ouvir, os playboys vão ouvir. Acho que falta nos festivais essa cultura, até como forma de gratidão.”

G1

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