A pena máxima para um crime bárbaro, por motivo fútil, à traição, contra uma mulher será o pedido, nesta quinta-feira (28), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), representado pelo promotor de Justiça designado, Thiago Riff, auxiliado pelo promotor de Justiça Denis Guimarães, em desfavor de Clécio Gomes Barbosa vulgo “orelha”, Elton Jhon Bento da Silva, Jullyana Karla Soares da Costa e Maria Mariá Araújo, acusados de matar cruelmente Joyce da Silva Alves, à época com 22 anos, no conjunto Village Campestre II, em Maceió.
Todos terão em desfavor a sustentação do Ministério Público com quatro qualificadoras: motivo fútil, traição, meio que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. Desde o início, Clécio é visto pelo promotor Denis Guimarães como pessoa fria, sem demonstração de qualquer tipo de arrependimento.
“Chegou a hora de a justiça ser feita. Houve um crime hediondo, por motivo banal e que dilacerou uma família, deixou uma criança de sete anos órfã. Além disso, os acusados de forma insensível ainda cometeram toda a barbárie na frente de duas crianças, filhas de dois participantes. A vítima , inocentemente acreditou que estava entre amigos e a forma cruel com a qual a Joyce foi assassinada chocou a todos, então, nossa postura está mantida defendendo o julgamento e condenação com pena máxima”, afirma o promotor de Justiça.
O caso
O crime ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2019, nas proximidades do Rio Bambu, no conjunto Village Campestre II, zona periférica da capital. Joyce estava na casa de um amigo de menoridade, onde se encontravam outras pessoas, entre elas Maria Mariá. Em determinado momento teria feito um gesto em forma da letra v, para foto, levando-as a acreditar que seria integrante da facção Comando Vermelho o que teria causado ira já que pertenciam à facção rival Primeiro Comando da Capital PCC).
Naquele momento ela já teria começado a sofrer agressões, mas decidiram matá-la. Então teriam mandado o menor ir até à casa de Elton para pedir seu auxílio. Ele foi até lá com a esposa Jullyana e os filhos do casal, duas crianças. Depois de bastante agredida, durante toda a madrugada, por ordem de Clécio, Joyce foi arrastada pelo grupo até o rio onde a sessão de tortura teve continuidade. Até, segundo inquérito policial, Elton e Clécio, após desferirem vários golpes a paulada cravarem uma estaca na cabeça da vítima.
Pelo Ministério Público, inicialmente, o caso teve acompanhamento e atuação do Dênis Guimarães. Por fim, o promotor de Justiça Thiago Riff foi designado como titular na acusação.
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